Por ano, Itaim Paulista tem 285 agressões a cada 100 mil mulheres

Bairro registrou as piores taxas de violência contra a mulher na capital paulista

Os dados fazem parte do Mapa da Desigualdade da Primeira Infância
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Os dados fazem parte do Mapa da Desigualdade da Primeira Infância

O Mapa da Desigualdade da Primeira Infância divulgado nesta terça-feira, dia 5, pela Rede Nossa São Paulo e a Fundação Bernard van Leer revelou uma situação alarmante sobre a violência contra a mulher na capital. De acordo com os dados, o bairro do Itaim Paulista, na zona leste, registrou 112 vezes mais agressões a mulheres do que o distrito da Saúde, na zona sul.

Segundo o “G1“, o levantamento é baseado em dados de 2015 sobre o número total de internações de mulheres que moram na cidade, com idades entre 20 e 59 anos, a cada 100 mil mulheres na faixa etária equivalente. O distrito da Saúde teve 2,3 casos a cada 100 mil pessoas, ao mesmo tempo em que o Itaim Paulista teve 285,26 para o mesmo total.

Depois do Itaim Paulista, as regiões com o maior número de casos de violência contra a mulher são: Grajaú (155,57), na zona sul; Perus (153,75), na zona norte; e Brás (147,1) no centro. Nesse período, nove distritos não registraram nenhuma agressão: Santo Amaro, Jaraguá, Cambuci, Vila Leopoldina, Socorro, Moema, Jardim Paulista, Ipiranga e Pinheiros.

No caso dos homicídios, as moradoras da Vila Medeiros, na zona norte da capital, correm 9,29 vezes mais riscos de morrer do que as que vivem no Jaraguá, também na zona norte.

A Vila Medeiros teve 8,96 homicídios para um grupo de 100 mil mulheres em 2015, enquanto o Jaraguá registrou 0,964 homicídios para cada 100 mil pessoas do sexo feminino. Os dados foram atualizados até 18 de maio de 2017. Nesse período, 34 distritos dos 96 no total não registraram nenhum homicídio.

Na segunda e terceira posição do ranking de homicídios de mulheres, estão São Miguel, na zona leste, com 8,49 casos a cada 100 mil mulheres, e Butantã com 6,97 ocorrências registradas.

Veja o estudo neste link.

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