João Doria nega oportunismo nas eleições: ‘nunca fui bolsonarista’

Após ter sido eleito sob o jargão "BolsoDoria" - com direito à camisetinha e tudo -, o governador de São Paulo tenta se desvencilhar da imagem de Bolsonaro

03/10/2019 11:06

Durante o programa “Central Globo News”, exibido na noite desta quarta-feira, 2, o governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB) afirmou que não foi oportunista ao se apropriar da campanha “#BolsoDoria” durante as eleições de 2018 para se eleger ao cargo.

“Eu não sou bolsonarista. Eu não criei o ‘BolsoDoria’. O movimento nasceu no interior [de São Paulo], espontaneamente. Mas eu incorporei”, admitiu ele. “E naquela circunstância, na qual enfrentávamos todos os partidos de esquerda juntos, todos faziam campanha contra mim… E, numa campanha, qual era o meu caminho senão estar ao lado daqueles que advogavam com Jair Bolsonaro?”.

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Eleito sob o jargão “Bolsodoria”, João Doria diz que nunca foi bolsonarista
Eleito sob o jargão “Bolsodoria”, João Doria diz que nunca foi bolsonarista - reprodução

Durante a entrevista à GloboNews, Doria também foi questionado sobre as eleições de 2022, e sua possível candidatura à presidência. Mas esquivou-se.

“Não é hora de falar disso. Em tese, na prática… Não é momento de discutir eleições de 2022, três anos e meio antes da eleição. É um erro. E não fui eu quem iniciou esse processo. O presidente Bolsonaro, talvez, foi quem deflagrou o processo.”, afirmou.

Entrevista com Rita Von Hunty sobre #BolsoDoria

A Catraca Livre conversou com a drag queen e professora Rita Von Hunty, do canal Tempero Drag, sobre eleições 2022. Rita foi categórica ao comentar sobre a aliança entre João Doria e Bolsonaro (#BolsoDoria), e o fato de o governador de São Paulo tentar se desvencilhar da imagem do presidente Jair Bolsonaro.

“Doria costuma voltar atrás de seus discursos como se eles nunca tivessem sido feitos. Essa estratégia da qual Doria faz uso não é um absurdo dentro da história política desta figura. E eu fico muito preocupada com essa postura de revisionismo histórico porque ela pressupõe que o brasileiro não tem memória e que, nós, gerações mais jovens, que nos apropriamos da internet, não temos os vídeos salvos de discursos absurdos. Foi juvenil”, afirmou a drag.

Veja a entrevista na íntegra: