Jogador brasileiro é vítima de racismo da própria torcida na Rússia
Malcom, ex-Corinthians e Barcelona, foi alvo de ataques racista de torcedores do Zenit, seu atual time
O atacante brasileiro Malcom sofreu ataque racista no seu jogo de estreia pelo Zenit St.Petersburg no último sábado, 3, pelo Campeonato Russo.
Um grupo de torcedores do seu próprio time estendeu uma faixa na arquibancada do Gazprom Arena, em São Petersburgo, com os seguintes dizeres: “Obrigado aos diretores pela fidelidade às tradições”. A afirmação irônica faz referência a contratação de jogadores negros ou que não pertençam às nações irmãs eslavas, o que é inaceitável por muitos torcedores do clube russo.
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O clube russo não se manifestou sobre os ataques racista ao jogador brasileiro. A equipe limitou-se apenas a divulgar nas redes sociais uma entrevista com o ex-atacante do Corinthians e do Barcelona, seu último time.
De acordo com o Estadão, esta não é a primeira vez que torcedores do Zenit St.Petersburg fazem este tipo de manifestação racista com um jogador brasileiro. Em 2012, o atacante Hulk, também foi vítima de ataques da própria torcida.
“Não somos racistas, mas para nós a ausência de futebolistas negros no plantel do Zenit é uma importante tradição que reforça a identidade do clube”, dizia, à época, a nota, que acrescentava: “Somos a equipe mais ao norte das grandes cidades europeias e nunca tivemos vínculos com a África, a América Latina, Austrália ou Oceania. Não temos nada contra habitantes destes continentes, mas queremos que joguem no Zenit atletas afinados com a mentalidade e o espírito da equipe”.