Jogadoras de futebol dos EUA exigem salário igual ao dos homens
Embora o futebol feminino seja tão popular quanto o masculino nos EUA, ainda hoje há uma desigualdade salarial entre os gêneros
Jogadoras do time feminino de futebol dos Estados Unidos entraram com uma ação contra a agência do governo que regulamenta o esporte no país para exigir salários iguais aos dos homens. De acordo com advogados contratados pelas atletas, algumas delas ganham 40% do valor pago aos integrantes da seleção masculina norte-americana.
Entre as jogadoras que participam do protesto, estão Hope Solo, Carli Lloyd, Alex Morgan, Megan Rapinoe e Becky Sauerbrunn. Embora nos EUA o futebol feminino seja tão popular quanto o masculino, a premiação por vitória em amistosos das seleções tem valores bem diferentes entre homens e mulheres.
No time feminino, cada atleta recebe US$ 1.350 (R$ 4.900) por vitória em amistoso contra seleções top 10 do ranking Fifa. Já os homens ganham US$ 17.625 (R$ 64 mil). Se empatarem ou perderem para um adversário considerado mediano (abaixo do top 25 do ranking), as mulheres não recebem nada, enquanto os homens ganham US$ 6.250 pelo empate e US$ 5.000 pela derrota.
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Ao comparar uma conquista do título de Copa do Mundo, a disparidade é ainda maior. Na seleção feminina, cada jogadora ganhará US$ 75 mil (R$ 272 mil) e, no time masculino, a Federação dará US$ 9.375 milhões a ser distribuído para o elenco campeão. Um elenco é composto, geralmente, por 23 atletas, o que daria US$ 407 mil (cerca de R$ 1,5 mi) para cada.
A seleção feminina, que venceu três títulos de Copa do Mundo e quatro medalhas de ouro olímpicas, rendeu pelo menos 16 milhões de dólares à federação em 2015.