Jornalista colombiana sofre assédio sexual de torcedor ao vivo
Homem não identificado colocou a mão em seu seio e a beijou
A lista de assédio sexual na Copa do Mundo na Rússia aumentou com o caso envolvendo a repórter colombiana Julieth Therán.
Na gravação, feita na última semana, a jornalista – funcionária da agência de notícias alemã Deutsche Welle – estava ao vivo em uma praça em Moscou, quando um torcedor, não identificado, se aproximou e deu um beijo em seu rosto. Além disso, o homem colocou a mão sobre um dos seios.
Embora tenha ficado visivelmente incomodada, a repórter continuou sua passagem e deixou para fazer um desabafo nas redes sociais.
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“Respeito! Não merecemos esse tratamento. Somos igualmente valiosas e profissionais. Compartilho a alegria do futebol, mas temos que entender o limite do afeto e do abuso”, declarou.
Ao “Yahoo Sports”, Theran relatou que ficou duas horas na praça aguardando a entrada ao vivo e que não foi incomodada. “Quando fomos fazer o ao vivo, esse cara aproveitou a situação. Mas depois, quando fui ver se ele ainda estava lá, ele já havia ido embora”, completou.
Desde o último fim de semana, anda circulando nas redes sociais diversos vídeos de brasileiros assediando mulheres russas no país estrangeiro. Em um deles, inclusive, o grupo de turistas incentiva uma mulher russa a cantar sobre sua vagina.
Após a disputa entre Argentina e Rússia, uma jornalista foi assediada por um grupo de argentinos na porta do estádio, como você pode ver no link abaixo:
Já na quarta-feira, 20, Lucas Marcelo Andrade publicou uma gravação em que aparece pedindo a um menino russo para repetir frases de cunho homofóbico.
“Eu sou um filho da p*… Eu sou viado… Eu dou para o Neymar”, dizia no post.
Após repercussão negativa do vídeo, o rapaz apagou o post e pediu desculpas pela, segundo ele, “brincadeira”.
“Estou gravando esse vídeo para pedir desculpas para o menino e toda a nação russa, pela brincadeira que eu fiz. Foi um vídeo infantil, achei que não fiz certo. Quero esclarecer também que este tipo de brincadeira não faz parte da nossa nação brasileira e estou completamente arrependido. Peço novamente desculpas”, afirmou.
Vale lembrar que, no Brasil, foi criado um movimento de jornalistas mulheres que atuam no esporte para combater esse tipo de assédio. As profissionais se uniram em torno da hashtag #DeixaElaTrabalhar, após um episódio com Bruna Dealtry, do Esporte Interativo, parecido com o vivido pela colombiana na Rússia. Em março, a repórter fazia uma passagem em São Januário quando um torcedor do Vasco a beijou na boca, sem o seu consentimento.
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