Jornalista denuncia violência de guardas municipais em bloco no RJ
Bernardo Tabak apanhou quando filmava com o celular a agressão a uma mulher
O jornalista Bernardo Tabak publicou no Facebook uma foto de seus hematomas e denunciou a agressão ocorrida após a confusão na madrugada de sábado, dia 13, na Praça Mauá, Rio de Janeiro, entre guardas municipais e foliões do Tecnobloco. O bloco desfilou pelas ruas do centro da cidade sem autorização da prefeitura.
Segundo o relato, a violência aconteceu quando as pessoas já estavam se dispersando, por volta das 5h. Bernardo conta que apanhou enquanto filmava com o celular a agressão a uma mulher. “Só deu tempo de ver dois botinudos, com capacetes e raiva, vindo em minha direção. Mais dois segundos, e um já tinha arrancado meu celular e atirado longe. Enquanto eu levava chutes e porrada de cassetetes”, escreveu ele.
Em seguida, o jornalista foi algemado e levado para a delegacia. O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá). No local, os guardas afirmaram que foram chamados para conter a depredação do mobiliário urbano e que ele foi preso por desacato.
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“Não presenciei o começo do tumulto. Estava no meio da praça. Mas vi de longe uns guardas batendo em gente gratuitamente, indiscriminadamente, que tentavam simplesmente se desvencilhar da confusão”, relatou o jornalista.
E completou: “Afirmo: não vi qualquer depredação durante todo o desfile, não vi pichações e não vi ninguém lançando garrafas contra a GM-Rio (nem em nenhum dos vários vídeos que já assisti até agora). Revoltado, recorri ao melhor instrumento de denúncia que aprendi a usar nestes 15 anos como jornalista: informação e divulgação. Foi demais para eles”.
Tabak termina o texto solicitando providências para a apuração dos fatos pela Guarda Municipal e pelo prefeito Eduardo Paes.
Leia o relato na íntegra:
A BUNDA É MINHA, E A PRAÇA É DO POVO – COMPARTILHEM!!!(Manifesto contra a truculência da Guarda Municipal do Rio…
Posted by Bernardo Tabak on Domingo, 14 de febrero de 2016