Jornalistas da Record são agredidos durante reportagem em Salvador

Repórter, cinegrafista e auxiliar foram agredidos por dois homens, enquanto noticiavam um acidente que vitimou um motociclista

Jornalistas são agredidos com socos durante uma passagem ao vivo para a Record TV da Bahia
Créditos: Reprodução/Redes sociais
Jornalistas são agredidos com socos durante uma passagem ao vivo para a Record TV da Bahia

A repórter Tarsilla Alvarindo, o cinegrafista George Brito e o auxiliar Marcos Oliveira da Record TV da Bahia foram agredidos, na manhã desta segunda-feira, 16, numa avenida do Bairro da Paz, em Salvador. Os jornalistas gravavam uma reportagem sobre a morte de um motociclista no local, quando supostos familiares da vítima se dirigiram aos profissionais de imprensa e os agrediram.

Um vídeo flagrou o momento em que os homens aparecem indo em direção aos jornalistas e, em seguida, agridem a equipe. No registro, é possível ver a repórter levando um soco.

Na tentativa de se defender, o cinegrafista e o auxiliar reagiram às agressões e se colocaram a frente da repórter.

Em seu perfil no Instagram, a jornalista postou um vídeo explicando o ocorrido. “Comecei o dia bem, mirando uma semana leve, mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. Fui agredida durante um link enquanto noticiava um acidente”, relatou Tarsila.

“Inicialmente, um familiar me perguntou e pediu que não filmasse ninguém. Respeitei o momento, conversei com ele e expliquei que não mostraria de perto. Entramos de longe, falei que tinha acontecido um acidente e que uma pessoa foi a óbito, um homem apenas. Não dei nome, não mostrei rosto de ninguém e, quando já tinha terminado, estava por sair do local, quando já tinha terminado, estava por sair do local, dois familiares… Não sei se familiares, se amigos, enfim, dois homens abordaram nossa equipe e um deles me deu um soco no rosto”, afirmou.

Após o caso, a equipe registrou ocorrência na 12ª delegacia de Itapuã.

A jornalista voltou à rede social na noite desta segunda-feira e, além de agradecer por todo apoio, revelou que a mãe do agressor pediu desculpas a ela.

“Agradecer, inclusive, a mãe do meu agressor que teve a dignidade de me procurar e me pedir perdão, coisa que o filho dela não fez. Saiu de lá rindo como se nada tivesse acontecido, e isso me dói, dói mais do que um soco no rosto, que ainda está doendo. Mas essa sensação de impunidade, de naturalização da violência contra profissionais tem doído ainda mais. Eu espero que esse caso não fique impune”, desejou a jornalista.