Jovem estuprada na UTI teve traqueia rasgada e morreu por negligência

O advogado da família aponta que a negligência nos procedimentos foi uma forma de silenciar a vítima

20/11/2019 22:47 / Atualizado em 02/12/2019 15:32

A jovem, Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos, estuprada na UTI do Hospital Goiânia Leste, na capital de Goiás, teve a traqueia rasgada na hora de realizar a entubação, o que a levou para um quadro de embolia pulmonar e em seguida à morte. Os médicos Frederico Dutra Oliveira e Paulo Coutinho Seixo de Brito Júnior foram indiciados pela negligência por homicídio culposo.

Jovem estuprada na UTI teve traqueia rasgada e morreu por negligência
Jovem estuprada na UTI teve traqueia rasgada e morreu por negligência - Reprodução/TVAnhanguera

O advogado da família, Darlan Alves Ferreira, afirmou que vídeos do hospital revelam a truculência com que Susy foi atendida. “O vídeo com os procedimentos médicos mostram o momento em que a traqueia de Susy foi rasgada. A força foi tamanha que o sangue jorra pela boca da garota”, afirmou o advogado. “O inquérito é grande e os laudos bem completos. Agora vamos analisá-los com calma, junto com os pais para ver o que podemos fazer daqui por diante”, disse.

Segundo o portal Metrópoles, o advogado disse que a entubação tem relação com o estupro e foi uma forma de silenciar a vítima, porque Susy teria pedido para uma enfermeira que chamasse seu pai para que ela fosse transferida de hospital.

Em nota, a OGTI, empresa responsável pela UTI do hospital em Goiânia, afirmou que “não há na investigação qualquer evidência de que conduta de seus médicos tenha provocado, direta ou indiretamente, a lamentável morte da Paciente Susy”.

A empresa ainda diz que “tem convicção que seu corpo clínico realizou todos os procedimentos possíveis e da maneira adequada no tratamento da paciente e aguarda a manifestação do Ministério Público, que certamente ratificará as conclusões técnicas do IML e solicitará o arquivamento do Inquérito Policial”.

Entenda o caso:

A jovem deu entrada no hospital, no dia 16 de maio, após ter uma convulsão e precisou ser internada. De acordo com a Delegacia Estadual de Proteção à Mulher (Deam), Paula Meotti, Susy foi estuprada no dia em que chegou à unidade de saúde. O suspeito do crime é o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos, de 41 anos.

Os pais da jovem foram informados que a morte de Susy aconteceu por uma infecção pulmonar e pulmonia, mas essa informação foi negada pelos laudos obtidos durante a investigação do caso.

Como agir em caso de estupro

Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.

É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento). Para mais informações, clique aqui.

Com informações do portal ‘Metrópoles’ e ‘G1’.