Jovem gay agredido por cinco homofóbicos faz desabafo emocionante

Nikita Ponarin disse que "não vai desistir" e continuará lutando por seus direitos

17/08/2018 22:28

Nikita Ponarin anunciou que deixará Kiev após ser vítima de violência homofóbica
Nikita Ponarin anunciou que deixará Kiev após ser vítima de violência homofóbica - Reprodução/Facebook

Dois jovens gays foram brutalmente violentados por um grupo de cinco homofóbicos em Kiev, capital da Ucrânia, porque os agressores não teriam gostado do estilo das vítimas.

Em relato sobre o acontecido, Nikita Ponarin diz que estava andando pela cidade na companhia de seu amigo, quando um grupo de rapazes se aproximaram e começaram a implicar com a forma como eles se vestiam.

Além de esnobar do jeans apertado de um deles e do fato de outro usar um piercing no nariz, os acusados também teriam dito que a bebida que eles estavam tomando (vinho) “não é coisa de homem” e que eles “deveriam beber cerveja”.

Após serem insultados por palavras como “bicha”, as vítimas foram agredidas e tiveram que ser hospitalizadas. Nikita teve escoriações pelo corpo e levou alguns pontos na cabeça.

Nikita Ponarin levou alguns pontos na cabeça em decorrência da violência
Nikita Ponarin levou alguns pontos na cabeça em decorrência da violência - Reprodução/Facebook

Em comunicado à imprensa, o jovem escreveu uma carta-desabafo em que critica a violência gratuita à comunidade LGBT e diz que, por causa da violência, ele terá que sair de Kiev.

“Acho importante falar sobre isso. Não por empatia ou piedade, mas para as pessoas saberem que em 2018 ainda há pessoas atacando outras pessoas por causa de sua orientação [sexual]. Lembre-se: nem a sua orientação, nem a sua maneira de agir (…) é algo para os outros darem a mínima”, diz ele.

“Nada disso faz de você a pior pessoa e não é desculpa para a violência. Fique tranquilo, não vou desistir”, concluiu.

DENUNCIE

Embora não seja considerada crime, a homofobia é hoje uma das práticas de ódio mais comum no dia a dia. A ojeriza motivada pela orientação sexual de outrem deixa marcas que, quando não fatais, psicológicas.

No Brasil, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Em 2017, a entidade computou 445 homicídios desse tipo, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.

No link abaixo, saiba o que fazer em caso em caso de homofobia e como identificar quando você está sendo vítima de um ataque homofóbico.