Jovens planejaram matar amiga um dia antes do crime, diz delegado
“Eles não escolheram a Ariane por um motivo específico. Ela foi escolhida porque era pequena e, caso reagisse, eles conseguiriam realizar o crime”
De acordo com a Polícia Civil, os três jovens suspeitos de matar a amiga, Ariane de Oliveira, de 18 anos, planejaram o crime um dia antes, em Goiânia (GO).
O delegado caso, Marcos de Oliveira Gomes, disse que Ariane foi morta porque Raíssa Borges queria descobrir se era psicopata ou não. Para isso, ela teria que matar alguém para avaliar a própria reação depois da morte. Eles ainda fizeram uma lista de possíveis vítimas.
“Eles não escolheram a Ariane por um motivo específico. Poderia ser ela ou outros dois nomes que saíram numa lista. Ela foi escolhida porque era pequena e, caso reagisse no momento do homicídio, eles conseguiriam realizar o crime”, explicou o delegado.
Pelo envolvimento no crime, Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, Raíssa Nunes Borges, de 19, e Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18, que usa o nome de Freya, foram presos na quarta-feira, 15.
Delegado responsável pelo caso contou que os três amigos se organizaram para matar dentro de um carro.
De acordo com Marcio Gomes, os jovens fizeram uma lista com três possíveis vítimas. Ariane foi escolhida por ser pequena e caso resistisse seria mais ‘fácil’ contê-la.
A vítima foi convidada para lanchar com os amigos, que a buscaram em casa. Ariane havia dito à mãe que voltaria mais tarde.
Jeferson ficou responsável por levar o carro, forrar o porta-malas com sacos de lixo (para levar o corpo até o local onde ele seria deixado) e providenciar as facas. “O Jeferson era o motorista, Enzo estava no banco do passageiro e a Raíssa estava no banco de trás com a vítima. Primeiro o Enzo enforcou a vítima, depois a Raíssa deu as facadas”, descreveu o delegado.
De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) até a manhã desta quinta, os três amigos ainda estavam detidos. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) informou que, até por volta de 12h15, não havia registro de audiência de custódia.