Justiça de SP nega pedido de Bolsonaro para receber indenização
Presidente processou o apresentador Marcelo Tas por tê-lo chamado de racista, preconceituoso e homofóbico
Justiça de São Paulo rejeitou pedido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para receber indenização do apresentador Marcelo Tas, que em 2017 o chamou de racista, preconceituoso e homofóbico.
A juíza Mariana de Souza Neves Salinas, afirmou que Tas apenas exerceu seu direito de expressão e não ofendeu o presidente, em sua decisão desta segunda-feira, 29.
Bolsonaro processou Marcelo Tas e pediu a condenação do apresentador por danos morais e injúria além do pagamento de indenização de R$ 20 mil. Bolsonaro queria também que a Justiça obrigasse Tas a não repetir os adjetivos usados para se referir a ele, visando uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
- Por que José de Abreu está entrando na Justiça contra Cássia Kis?
- Bolsonaro tenta se desvincular de Roberto Jefferson
- Casagrande: Por que criminosos como goleiro Bruno e Robinho apoiam Bolsonaro
- SP: Deputado Orlando Silva sofre racismo em restaurante de São Paulo
Mariana Souza Neves não concordou e considerou em sua decisão que o apresentador “apenas expressou livremente seu pensamento a respeito do tema, utilizando linguagem coloquial, sem a intenção de ofender ou injuriar”. Para a juiza, o pedido de Bolsonaro é improcedente e por isso decidiu extinguir o processo.
A ação foi motivada por uma entrevista de Tas ao canal do jornalista Rica Perrone, publicada no YouTube em julho de 2017. Na ocasião, o entrevistado afirmou que “o Bolsonaro é racista, é preconceituoso, é homofóbico”, mas ponderou que tinha respeito por ele, pelo fato de ser, na época, deputado federal.