Justiça determina que ‘hater’ indenize Caetano Veloso
Flavio Azambuja Martins "agiu de forma perversa, causando um dano de extensão inimaginável", afirmou o Tribunal de Justiça
A Justiça determinou que o Blogueiro Flavio Azambuja Martins indenize Caetano Veloso por assédio virtual, segundo informou, nesta terça-feira, 8, a coluna do jornalista Ancelmo Goes, no jornal ‘O Globo’.
A 9ª Câmara Cível do Rio determinou que Flavio Morgernstern, pseudônimo de Flavio Azambuja Martins pague R$ 120 mil de indenização.
Azambuja é o criador da hashtag #CaetanoPedofilo. Ele apelou a Justiça para não pagar a quantia determinada pela primeira instância. Segundo os desembargadores do TJ, “ao convocar os milhares de seguidores dele para fazerem assédio virtual contra o artista”, Flavio Azambuja Martins “agiu de forma perversa, causando um dano de extensão inimaginável”.
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Os desembargadores também registraram que Caetano não tem conduta de pedófilo.
Caetano Veloso iniciou seu relacionamento com Paula Lavigne quando ela ainda era menor de idade. O relacionamento teve consentimento dos pais dela na época. O cantor e compositor se casou com ela e teve dois filhos.
Entenda o caso
No auge dos protestos digitais do MBL e de Alexandre Frota contra a exposição no MAM, em 2017, a relação de Caetano com Paula Lavigne foi desenterrada.
A hashtag #CaetanoPedofilo chegou ao topo dos Trending Topics do Twitter no dia 21 de outubro. Naquela ocasião, Azambuja/Morgenstern publicou uma mesma mensagem no Twitter e no Facebook:
“Caetano Veloso e Paula Lavigne processam MBL e Alexandre Frota por terem-no chamado de ‘pedófilo’. Sugeri subirem uma hashtag, e agora #CaetanoPedofilo está nos assuntos mais comentados do Twitter. E agora, Caetano e a ex-menina de 13 anos vão processar a internet inteira? Entenderam como se faz guerra política com pouco – ou nenhum – dinheiro, só com organização?”.
A condenação em primeira instância aconteceu ainda em 2017. Agora acontece a condenação em segunda instância