Justiça do Rio concede indenização a familiares de Amarildo

Crime, ocorrido há cinco anos, resultou na condenação de 12 policiais militares que atuam na UPP da Rocinha

Elisabete da Silva, viúva de Amarildo de Souza, desaparecido desde 2013 após ser levado por policiais, ao lado de filhos e do advogado João Tancredo, após julgamento na 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil
Elisabete da Silva, viúva de Amarildo de Souza, desaparecido desde 2013 após ser levado por policiais, ao lado de filhos e do advogado João Tancredo, após julgamento na 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta-feira, 28, a indenização aos familiares do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido após operação policial realizada na Rocinha em 2013. O valor estabelecido foi aprovado por quatro dos cinco desembargadores presentes na sessão.

Com o direito garantido, a determinação é de que a viúva de Amarildo, Elisabete da Silva, receba R$ 500 mil e os outros seis filhos o mesmo valor. A decisão, que teve início em 14 de agosto, teve que ser remarcada para esta terça-feira após o desembargador pedir mais tempo para analisar o caso.

Apesar da decisão favorável ao pagamento da indenização, o estado do Rio ainda pode entrar com recursos no Tribunal de Justiça do Rio e nas instâncias superiores como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O que provavelmente se estenderá pelos próximos dois anos, segundo previsão do advogado da família, João Tancredo.  “Esse processo tem um recurso especial, que é um recurso ao STJ. Ainda é possível um recurso ao Supremo Tribunal Federal por questões constitucionais. A gente tem ainda uns dois anos de recursos pela frente. Para depois entrar numa fase de contas e efetivamente recebimento. A gente torce até para que o estado esteja recuperado para que pague a família”, disse o advogado.

Apesar da vitória no tribunal, a viúva do pedreiro, Elisabete da Silva, lamenta a ausência de Amarildo. “Dinheiro nenhum vai trazer a vida do meu marido, mas eu quero que a Justiça seja feita pelo o erro que cometeram. Que não aconteçam outros Amarildos no Brasil”/Com informações do G1.