Justiça permite Suzane Richthofen sair da cadeia para fazer faculdade
Condenada a 39 anos de detenção pelo assassinato dos pais, ela irá cursar Farmácia na Universidade Anhanguera, em Taubaté
O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou Suzane Von Richthofen sair da cadeia para fazer faculdade. Condenada a 39 anos de detenção pelo assassinato dos pais, ela irá cursar Farmácia na Universidade Anhanguera, em Taubaté.
A decisão foi emitida em caráter liminar pelo desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na última sexta-feira.
Suzane Von Richthofen está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé. Ela poderá deixar a unidade a partir das 17h e retornar às 23h55.
Presa desde 2004, em outubro de 2015 a assassina dos pais obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto e desde então já usufrui do benefício das saídas temporárias.
O Ministério Público foi contra a autorização, sob o argumento de que a segurança de Suzane Von Richthofen não poderia estar garantida. Para o promotor, “ninguém pode assegurar proteção absoluta à paciente em razão da prática de eventual delito”.
Na sentença, o desembargador alegou: “Se o que a lei almeja é a reintegração social não há razão para que a mesma fique sem frequentar a faculdade onde conseguiu matrícula e financiamento de seu curso, tendo sido aprovada no ENEM”.
Suzane Von Richthofen já pediu outras vezes para deixar a cadeira e cursar faculdade
Essa não é a primeira vez que Suzane pede para deixar a cadeira para cursar faculdade. Em 2016, ela já havia solicitado e a justiça autorizado, mas ela não tinha como arcar com a mensalidade, na época.
Depois disso, no ano passado, a Justiça de São Paulo negou o pedido de Suzane para cursar a faculdade de Gestão do Turismo, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), em Campos do Jordão (SP).
A juíza Dra. Wânia Regina Gonçalves da Cunha levou em consideração o fato de que os condenados em regime semi-aberto somente podem frequentar cursos profissionalizantes ou superiores se eles estiverem disponíveis na mesma comarca em que fica o presídio.