Katia Abreu rouba pasta da Mesa do Senado e sessão é suspensa
Votação é suspensa e postergada para este sábado, dia 2
A sessão preparatória para eleição do novo presidente do Senado acabou sendo suspensa na noite de hoje, 1º, e está prevista para ser reaberta neste sábado, 2, às 11h. Ficou acordado que a presidência interina da Mesa passará do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para o senador mais idoso da casa, José Maranhão (MDB-PB).
Entenda o ocorrido
Na noite desta sexta-feira, 1, começou a sessão para eleger o novo presidente do Senado brasileiro. Porém, devido ao fato da votação secreta e ao senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) ser um dos candidatos e também presidir a da sessão, houve briga entre os presentes, levando Kátia Abreu (PDT-TO) a tentar impedir a continuação dos trabalhos.
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O plenário, que contava com quórum completo para a eleição (81 parlamentares), virou cenário de bate-boca e protestos, já que Alcolumbre, como um dos postulantes ao cargo, não poderia conduzir a sessão. Alguns senadores quase partiram para agressão física.
Durante o período da manhã, foi publicado o edital – assinado pelo então secretário-geral da Casa, Luiz Fernando Bandeira – com regras para a eleição que, entre outros tópicos, indicava votação secreta e que a presidência da sessão caberia a José Maranhão (MDB-PB), que tem 85 anos e é aliado de Renan Calheiros (MDB-AL), outro concorrente ao cargo de presidente do senado. Alcolumbre assumiu o posto por ser o único integrante da última gestão da Mesa Diretora que permanece com mandato de senador, como aponta matéria do G1.
Renan, pediu que Alcolumbre dissesse se era ou não candidato, mas o senador do Amapá não confirmou sua candidatura.
A senadora Kátia Abreu (PDT-TO), aliada de Calheiros, exaltou-se com a situação e subiu à Mesa Diretora, arrancando a pasta com os encaminhamentos da sessão das mãos do parlamentar do Amapá e afirmou que este não iria presidir a sessão por ser um dos postulantes à presidência da casa.
Após votação, os senadores decidiram – com 50 votos a favor, 2 contra e 28 abstenções – que a escolha da nova Mesa Diretora seria feita com voto aberto e nominal. Adversários de Calheiros apontam que este tipo de votação pode prejudicar a candidatura do parlamentar alagoano, que concorre à presidência do Senado pela quarta vez. Eles acreditam que seus aliados sentiram constrangimento ao demonstrar seu apoio, devido às denúncias de corrupção que envolvem o político.
Concorrem ao cargo de presidente do Senado: Alvaro Dias (Pode-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Reguffe (sem partido-DF), Renan Calheiros (MDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
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