Kelly Slater surfa na onda da sustentabilidade

– O que estamos vestindo e de onde isso vem?

A pergunta surgiu mais ou menos três anos atrás, quando os primeiros encontros para criarem uma marca de roupas novas – e com sentido – acontecia. Quem perguntava era Kelly Slater, o surfista que mais ganhou títulos na história do esporte (até hoje são 11 campeonatos mundiais nas costas) e que conhece cada boa onda do mundo como poucos.

Junto dele, uma enxuta equipe que vinha pensando em como criar e consolidar nesse mercado tão competitivo roupas que se adequassem às mais variadas situações (“Os surfistas tendem a viajar muito e por isso, queremos criar roupas que se adaptem a diferentes cenários”, lembra John Moore, designer parceiro de Slater) de uma forma sustentável.

Kelly Slater questiona a origem das roupas que usa
Créditos: Getty Images
Kelly Slater questiona a origem das roupas que usa

Eu criei a Outerknown para esmagar a fórmula“, Slater disse, “Para levantar a tampa sobre a cadeia de abastecimento tradicional do menswear e provar que você pode produzir moda masculina olhando para todo o processo de forma sustentável”. Não que isso seja muito fácil: “Nos últimos anos, entendi com clareza quão desafiador é para qualquer marca colocar a sustentabilidade na vanguarda de seus negócios e eu estou muito orgulhoso de que hoje somos um dos poucos a assumir essa liderança”, ele reflete. É que, para Kelly, que vive no oceano e viaja pelo mundo chegando nos locais mais paradisíacos da Terra, é natural o entendimento de que, sim, há de se preservar essas maravilhas, já tão expostas e danificadas pela ação do ser humano.

De encontro em encontro e de viagem em viagem atrás de soluções sustentáveis para as roupas, uma espécie de mantra surgiu, veio a se repetir ao longo dos três anos de criação da marca e hoje virou hashtag oficial da marca. “This Is a Clean Slate“, ou algo como “Pode começar de novo, do zero“. A ideia é que, apesar de todo esse caminho não sustentável que a indústria de roupas vem traçando, é possível deixar os erros pra trás e fazer uma coisa limpa, do começo ao fim. “Foi sempre uma sensação tão boa, não havia fronteiras, a gente só faria o que fosse correto“, conta John Moore.

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