Lambe-lambes lembram os 25 anos do assassinato do ambientalista e líder sindical Chico Mendes

Os cartazes estão espalhados em São Paulo, Manaus, Belo Horizonte e Campos do Jordão

Para marcar os 25 anos do assassinato do líder seringueiro, Chico Mendes, desde 21 de dezembro, o Greenpeace espalhou lambe-lambes com o rosto do ambientalista por São Paulo, Belo Horizonte, Manaus e Campos do Jordão. Nos cartazes, a mensagem “Sempre presente” procura destacar a militância do líder em defesa da natureza e dos povos da floresta.

 

Chico Mendes lutou pelos seringueiros da Bacia Amazônica, cujos meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e suas seringueiras nativas e com isso despertou a ira dos fazendeiros da região. Foi morto com um tiro no peito, numa emboscada, em 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos.

Depois do assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades sindicais, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientais se juntaram para formar o “Comitê Chico Mendes”, que pressionou os órgãos oficiais para que o crime fosse punido.

Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão. A principal testemunha do caso foi um empregado de 13 anos da fazenda de Darly, Genésio Ferreira da Silva.

 

Chico Mendes morreu, mas sua luta permanece relevante e atual. A Amazônia continua sofrendo atentados no campo político e ambiental e diversos tipos de violência contra a cultura, a fauna, a flora e os direitos humanos.

Casos como o de Dorothy Stang, Zé Maria, Dezinho mostram que pouca coisa mudou e tornam ainda mais importante a memória do líder sindical e sua perpetuação junto às próximas gerações.

 
 

Fotos: Leonardo Blecher

Clara Caldeira

Por Clara Caldeira

Jornalista, escritora e pesquisadora, especialista em gênero e meio ambiente. Apaixonada por literatura e pelas artes oraculares, está sempre em busca de formas de conectar seus estudos e suas paixões.