Lamentável: internautas comemoram assassinato do funkeiro MC G3
Apenas mostraram o quanto que o Brasil ainda precisa evoluir no debate sobre preconceito
Na noite de quarta-feira, 15, o funkeiro MC G3 foi encontrado morto em sua casa, na Vila São Luiz, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro (RJ). A trágica notícia do assassinato de Paulo César da Silva pegou os fãs de surpresa, que lamentaram a perda de mais um nome do gênero.
Não só fãs, mas também internautas que desconheciam o trabalho de MC G3 sentiram-se compadecidos com a dor de uma morte. O problema é que a empatia não foi unânime na internet.
Muitos comentários em páginas do Facebook comemoraram a morte do funkeiro, mostrando que, lamentavelmente, o ser humano ainda tem muito a evoluir. “Menos um, e que continue essa estatística positiva”, celebrou um internauta. “O diabo ajuda a fazer, mas não ajuda a esconder”, disse outro. Um terceiro usuário das redes sociais disse que o assassinato de MC G3 faz jus à teoria da “seleção natural”.
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A polícia ainda não chegou a um veredito sobre o motivo da morte do cantor. Quatro pessoas foram presas, e estão sendo tratadas como suspeitas pelo crime. Por meio do Twitter, a PMERJ (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro) informou que “os marginais trocavam mensagens onde falavam do assassinato” do funkeiro.
E SE FOSSE UM CANTOR DE OUTRO ESTILO MUSICAL?
O debate sobre o preconceito contra gêneros artísticos que nasceram na periferia e se disseminaram na sociedade ainda vai longe no Brasil. Dançar funk até o chão dentro de uma boate cara da zona sul é aceitável. Mas quando a música está inserida no contexto da favela, a história é outra.
Nenhuma morte é passível de comemoração. A Catraca Livre repudia a atitude desses internautas.