Líder do PSL no Senado, Major Olímpio pede saída de Flávio Bolsonaro
Filho do presidente é contra a criação da CPI da Lava-Toga
A bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no Senado está rachada. O motivo é a criação da CPI da Lava-Toga, que tem como investigar o ‘ativismo judicial’ de membros de tribunais superiores.
De um lado está o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, que é contra a comissão. Do outro estão o líder do partido na casa, Major Olímpio, e as senadoras Juíza Selma Arruda (MT) e Soraya Thronicke (MS).
A divergência chegou ao ponto do senador Major Olímpio pedir a saída do filho de Bolsonaro da sigla.
“Nós que representamos a bandeira anticorrupção do Presidente. Eu tentei convencê-la (senadora Juíza Selma, de saída para o Podemos) a ficar e resistir conosco. Quem tem que cair fora do PSL é o Flávio, não ela. Gostaria que ele saísse hoje mesmo”, disse Major Olímpio ao Estadão.
Apesar disso, o senador disse que não deve entrar no Conselho de Ética do PSL contra Flávio, por avaliar que ele não tenha ferido nenhuma regra. “Só trazer muita vergonha a nós”.
De acordo com o Estadão, o próprio Major Olímpio estava pensando em deixar o partido, depois de divergências com o PSL-SP e algumas decepções com o governo. Foi dissuadido por colegas e disse que decidiu ficar e “resistir”.