Fake News: MBL é vítima de mentira envolvendo a USP

Por: Gilberto Dimenstein
Lista não foi produzida pela USP

Essa notícia que está correndo nas redes sociais, disseminada especialmente por sites de esquerda, é uma Fake News contra o MBL.

Por dois motivo: 1) o MBL não é citado diretamente no estudo; 2) o estudo não é da USP.

O que é correto. É um  levantamento feito pela Associação dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo (AEPPSP), com base em critérios de um grupo de estudo da Universidade de São Paulo (USP),  que identificou os “maiores sites de notícias do Brasil que disseminam informações falsas, não-checadas ou boatos pela internet”.

Há dois sites com ligações com o MBL:  JornaLivre e Ceticismo Político.

O Ceticismo Político teve sua página do Facebook tirada do por causa da disseminação de Fake News sobre Marielle Franco. O JornaLivre, também denunciado,  publicou pela última vez um post há 15 de março

Lista com os sites 17 mapeados, ordenados em ordem alfabética e sem outros filtros:

* Ceticismo Político: http://www.ceticismopolitico.com/

* Click Política: http://clickpolitica.com.br/

* Correio do Poder: http://www.correiodopoder.com/

* Crítica Política: http://www.criticapolitica.org/

* Diário do Brasil: http://www.diariodobrasil.org/

* Folha do Povo: http://www.folhadopovo.com/

* Folha Política: http://www.folhapolitica.org/

* Gazeta Social: http://www.gazetasocial.com/

* Implicante: http://www.implicante.org/

* JornaLivre: https://jornalivre.com/

* PassaPalavra: http://www.passapalavra.info/

* Pensa Brasil: https://pensabrasil.com/

* Política na Rede: http://www.politicanarede.com/

* Pragmatismo Político: http://www.pragmatismopolitico.com.br/

* Rádio Vox: http://radiovox.org/

* Rede de Informações Anarquista: https://redeinfoa.noblogs.org/

* Revolta Brasil: http://www.revoltabrasil.com.br/

Todos os principais sites que se encaixam no conceito de “pós-verdade” no Brasil possuem algumas características em comum:

1. Foram registrados com domínio .com ou .org (sem o .br no final), o que dificulta a identificação de seus responsáveis com a mesma transparência que os domínios registados no Brasil.

2. Não possuem qualquer página identificando seus administradores, corpo editorial ou jornalistas. Quando existe, a página ‘Quem Somos’ não diz nada que permita identificar as pessoas responsáveis pelo site e seu conteúdo.

3. As “notícias” não são assinadas.

4. As “notícias” são cheias de opiniões — cujos autores também não são identificados — e discursos de ódio (haters).

5. Intensiva publicação de novas “notícias” a cada poucos minutos ou horas.

6. Possuem nomes parecidos com os de outros sites jornalísticos ou blogs autorais já bastante difundidos.

7. Seus layouts deliberadamente poluídos e confusos fazem-lhes parecer grandes sites de notícias, o que lhes confere credibilidade para usuários mais leigos.

8. São repletas de propagandas (ads do Google), o que significa que a cada nova visualização o dono do site recebe alguns centavos (estamos falando de páginas cujos conteúdos são compartilhados dezenas ou centenas de milhares de vezes por dia no Facebook).

A AEPPSP publicou uma nota metodológica explicando os critérios para a aferição dos sites. Confira:

O mapeamento de sites que têm perfil de produção de notícias falsas e que contam com ampla distribuição em páginas do Facebook aqui realizado baseou-se nos oito critérios abaixo elencados e na lista de fontes utilizadas pelo Monitor (que não tem qualquer responsabilidade por estudos derivados dos dados que eles publicam, vale reforçar).

O principal critério utilizado foi o anonimato, mas não o único. Nos pareceu um bom critério: “Constituição Federal, Art. 5º, IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo VEDADO O ANONIMATO;”.

Catalogamos todos os sites listados pelo Monitor nas categorias imprensa e comentário alternativo de esquerda e de direita e então, dentre aqueles cuja responsabilidade pelos conteúdos publicados não é possível de ser identificada (os sites e/ou as matérias são anônimos), aplicamos os demais critérios.

Isto não quer dizer que sites autorais estejam livres de produzir notícias falsas, tampouco que sites cujos autores preferem não se identificar não possam produzir material honesto e de qualidade jornalística.

Para evitar distorções e qualquer viés neste estudo ainda inicial, preliminar, ampliaremos a listagem inicial com TODOS os sites mapeados seguindo unicamente o critério de ANONIMATO, e nenhum outro.

Deste modo, entendemos que pesquisas mais refinadas possam ter neste nosso mapeamento uma fonte de inspiração. Compartilhamos aqui uma planilha online para dar a máxima transparência deste levantamento que, reforçamos, ainda é bastante preliminar e pode ser aprimorado por qualquer pesquisador interessado no assunto.