Lista denuncia países que perseguem ativistas de direitos humanos

"O mundo está em dívida com essas pessoas corajosas que defendem os direitos humanos", destaca relatório

Assassinatos, tortura, prisões arbitrárias: na última quarta-feira, 12, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um levantamento dos 38 países considerados “vergonhosos” por perseguirem ativistas ligados aos direitos humanos.

Na lista, os vizinhos Colômbia e Venezuela, além de lugares como Cuba,Turquia e Rússia são alguns dos países denunciados por criminalizar vítimas e de violações e seus defensores. No relatório, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres,destacou que castigar ativistas por cooperarem com a organização é, sobretudo, uma prática vergonhosa.”O mundo está em dívida com essas pessoas corajosas que defendem os direitos humanos, que respondem a nossos pedidos de informação e se envolvem com as Nações Unidas para garantir esses direitos”.

Assim como aconteceu no Brasil, protestos foram proibidos durante a realização da Copa do Mundo na Rússia – (Wikipedia)

Além dos países citados, a lista reúne nações das mais distintas regiões do mundo, das quais 29 apresentam novos casos de retaliação: Bahrein, Camarões, China, República Democrática do Congo, Djibuti, Egito, Guatemala, Guiana, Honduras, Hungria, Índia, Israel, Quirguistão, Maldivas, Mali, Marrocos, Mianmar, Filipinas, Ruanda, Arábia Saudita, Sudão do Sul, Tailândia, Trinidad e Tobago, Turquia, Turcomenistão. Outras 19 têm casos de perseguição e represálias em curso.

Entre os países apontados na lista, é comum que os governos acusem os ativistas de direitos humanos de terrorismo ou de cooperar com instituições estrangeiras. Além disso, são acusados de comprometer reputação ou a segurança local. “Há uma tendência inquietante dos governos de usar argumentos de segurança nacional ou falar de táticas terroristas para justificar o bloqueio do acesso à ONU de comunidades e organizações da sociedade civil”. relatório.

O relatório será apresentado na próxima semana ao Conselho de Direitos Humanos, segundo comunicado divulgado pela organização.