Livro infantil traz protagonista detetive, empoderada e feminista
Autora Tatá Bloom lança história de aventura que promove encontro de Sherlock Holmes com garota e traz também jogos interativos
Imagine uma história interativa, em que o leitor pode ser também parte ativa na resolução de mistérios e crimes?! Essa é a proposta do livro “Uma menina detetive e a máfia italiana”, de Tatá Bloom, com lançamento previsto para 21 de julho, na cidades de Santos (SP), 22 de julho em Guarujá (SP), das 15h às 17h, e também durante a Festa Literária de Paraty (Flip), dia 27, às 19h30, na Casa do Desejo.
A obra, publicada pela Trejuli Editora, traz uma trama cheia de aventuras na vida de Marina, uma garota que vive no Brasil e tem uma mente brilhante e muita perspicácia, assim como o herói dos seus livros favoritos, o famoso detetive Sherlock Holmes. Apesar da pouca idade, a protagonista sabe muito bem o que quer. É empoderada e foi criada justamente pensando nisso, conforme conta a autora.
Com foco nas crianças com idade entre 10 e 12 anos, o livro explora as grandes aventuras da personagem, que embarca para outros países e até se envolve com a máfia italiana, quando um estranho aparece em sua casa e lhe pede ajuda para buscar e proteger histórias ainda inéditas de Sherlock Holmes. Porém, neste caminho, a garota Marina encontra-se com pessoas perigosas e tem que lançar mão de suas principais habilidades investigativas para dar conta das revelações que encontrará nesta jornada.
Questionada sobre o por quê as pessoas – especialmente as crianças – devem ler o livro, Tatá Bloom explica que, para além da aventura, a obra trata do protagonismo feminino ainda na infância. “É algo que deve ser incentivado, já que o livro fala um pouco de luto e do medo do desconhecido. Marina perdeu o pai e a mãe teve que trabalhar a mudar de cidade, então, a menina está sem amigos e terá que conhecer uma nova cidade e escola para conquistar seu lugar. Além disso, é uma obra que faz pensar, cria desafios e estimula a interatividade, já que as crianças têm que raciocinar junto com ela para desvendar as pistas”, disse.
Ainda conforme a autora, escrever para crianças no mundo atual é fundamental, ainda mais mesclando isso com a tecnologia. “É essencial, porque ler estimula a criatividade, a imaginação e os livros são bons companheiros, ensinam a falar e escrever melhor, a refletir”, destacou Tatá Bloom, que conta com jogos e desafios interativos na web, complementares à aventura de Marina na história. Além disso, a autora vai manter uma página no Facebook para falar com os leitores.
A autora Tatá Bloom
Tatá Bloom vem de uma família de gente de teatro. Criada por uma avó que contava histórias todas as noites, entrou para o teatro com a mãe, aos 10 anos, e começou sua produção literária aos 14 anos, escrevendo peças teatrais. Moradora do litoral paulista, passava as férias na casa do tio na cidade de São Paulo, onde admirava uma estante repleta de livros, a maioria de Sherlock Holmes e Ágatha Christie. Foi assim que ela herdou o gosto por aventura e mistério. Mãe de uma menina e um menino, ama escrever para crianças e jovens, e trabalha com teatro infantil e cultura de paz.
Seu primeiro livro publicado foi “O Ratinho que não gostava de queijo” (Editora Multifoco). Na sequência, escreveu e lançou como livro digital Um vizinho muito especial (Amazon KDP). “Uma Menina Detetive e a máfia italiana” é parte de uma série de histórias inspiradas em um texto escrito pela filha da autora, quando aquela tinha apenas 11 anos de idade. “ A Marina, uma menina detetive é baseada nela, forte, independente, líder”. Tatá Bloom resgatou o tema da menina que se sentia solitária por ter mudado de cidade e deixado seus amigos, sendo obrigada a enfrentar o medo de recomeçar numa nova escola, e a transformou em uma aventura.
A autora pretende ainda lançar outros dois livros, para formar uma trilogia com a Marina como protagonista. “Eu esperei mais de 20 anos para conseguir me estabilizar na carreira, ser esposa e criar meus filhos, para então me dedicar à literatura. Antes de encontrar os editores Pedro e Nina eu fiz uma pequena tiragem, da primeira versão da história, de forma independente e dei para algumas crianças lerem. Na época eu estava indo para o I Encontro Mulherio das Letras, conhecer mais sobre esse mercado editorial e tentar conseguir opinião de especialistas porque o mercado é tão fechado que sequer você consegue uma avaliação de um profissional. Foi por causa do Mulherio que criei coragem para batalhar uma editora. Tive incentivo de Susana Ventura, Maria Valéria Rezende e Claudia Marczack que deu meu livro para as crianças da escola dela lerem e eles amaram e estive lá com eles e conversamos muito, algumas das alterações do livro foram sugeridas por eles”, contou.
A ilustradora Andrea Aly
Artista e ilustradora, formada em publicidade, especialista em História da Arte, Andrea Aly desde pequena sempre observou muito as formas e linhas do mundo. A principal maneira dela se expressar é o desenho de observação. Com este tipo de desenho, Andrea tenta captar no mundo o que mais gosta e guardar para si, em forma de imagem. Professora de Arte em uma escola de São Paulo, Andrea é também mãe de duas meninas que adoram desenhar junto com ela.
Quando recebeu o convite para ilustrar o livro “Uma menina detetive e a máfia italiana”, Andrea aceitou na hora. Sabia que a aventura de Marina seria uma oportunidade de observar o mundo pelos olhos da menina detetive. O resultado foi um conjunto de imagens que reúne desde enormes edificações até pequenos objetos investigados pela garota.
Serviço
Livro: Uma menina detetive e a máfia italiana
Autora: Tatá Bloom
Ilustrações: Andrea Aly
Editora: Trejuli Editora
Informações: http://trejuli.com.br/umameninadetetive/