Loja em ‘greve’, mas funcionárias dizem que quem votou em Lula fica trabalhando

“Botou só os petistas para trabalhar de loja trancada", disse uma das funcionárias

08/11/2022 16:59

Funcionárias de uma loja de produtos naturais, no interior de Goiás, fizeram vídeos denunciando que tiveram de trabalhar na última segunda-feira, 7, mesmo os patrões tendo aderido à “greve” apoiando as manifestações por intervenção militar e contra o resultado da eleição.

Loja em ‘greve’, mas funcionárias dizem que quem votou em Lula fica trabalhando
Loja em ‘greve’, mas funcionárias dizem que quem votou em Lula fica trabalhando - Reprodução/Instagram

De acordo com as funcionárias, elas declararam voto no então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os patrões apoiavam a eleição de Jair Bolsonaro (PL). A situação ocorreu na Naturale, em Mineiros, Goiás.

“Botou só os petistas para trabalhar de loja trancada. Hoje, tem que votar no que o patrão quer?”, perguntou uma funcionária em um vídeo.

Ao menos quatro cozinheiras aparecem nas imagens e questionam sobre a situação. Funcionários apoiadores de Bolsonaro teriam sido levados para um protesto em uma cidade próxima.

Um vídeo de esclarecimento foi postado na página da loja no Instagram. A proprietária do comércio disse que as cozinheiras tiveram de trabalhar de portas fechadas porque precisavam cumprir prazos de encomendas, e não porque seriam petistas.

“A nutricionista é também eleitora de Bolsonaro e estava trabalhando de portas fechadas. (…). Confesso que fiquei bem assustada e abalada”, falou a dona da loja na gravação.