Luana Piovani: “A gente precisa quebrar o silêncio sobre assédio”
Em seu canal no Youtube “Luana Sem Freio”, a atriz Luana Piovani comentou a denúncia da figurinista Susllem Meneguzzi Tonani, que acusou o ator José Mayer de assédio sexual dentro da emissora Rede Globo.
No vídeo postado nesta segunda-feira, 3, Piovani lamenta o fato da acusação não ser a primeira nem a última. “Não é o primeiro assédio e, com certeza, não será o último. O que acho genial é que ela rompeu o silêncio e falou sobre o caso”, destacou. “O que mais existe é assédio em ambiente de trabalho. O cara tem mais poder do que você e ele vai tirar proveito disso”.
“O que a gente precisa entender é que a gente convive com isso há muito tempo e, às vezes, a gente elege um Judas para bater em praça pública”, pontuou. “Se a pessoa errou, ela deve ser repreendida e tem que pagar pelo erro. E ela cometeu um erro sim, ela usou o poder que ela tinha sob uma pessoa subalterna”, afirmou.
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Em seguida, a atriz lembrou casos de outros atores envolvidos em denúncias de assédio sexual e violência contra a mulher, como Garrincha, Kadu Moliterno, o goleiro Bruno e o ex-namorado Dado Dolabella.
“Garrincha enchia a Elza Soares de porrada e é lembrado como herói no Brasil”, contou. “Kadu Moliterno, que já foi meu par romântico, bateu na esposa. Ela saiu na capa da revista “Veja” com a manchete:”Não foi a primeira vez”. Eu não soube de condenação, ele continua trabalhando, fazendo novelas, posando com as novas namoradas em revistas sensacionalistas”, criticou.
Luana ainda cita o caso do goleiro Bruno e criticou sua recém-contratação por um time de futebol, questionando se ele pagou realmente pelo crime que cometeu. “Ele não falou que foi um crime, não. Ele disse que cometeu um erro. Ele diz que matar uma mulher não é um crime, e sim um erro. E ele está aí dando autógrafos”, comentou em tom de repudio.
Ela lamenta também que o ex-namorado Dado Dollabela tenha vencido um reality show por votação popular apenas seis meses depois da atriz tê-lo denunciado por violência contra ela. “Nós escolhemos essas pessoas, nós escolhemos essa realidade. Por quê? Porque as pessoas se calam. Porque as pessoas não falam. Porque as pessoas falam e as outras fingem que não escutaram. A gente precisa quebrar o silêncio, falar, denunciar e sair do lugar de vítima. É preciso criar consciência sobre o assunto”, finalizou.
Veja o vídeo na íntegra:
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