Poesia de concreto

Por: Redação

Até esta semana, aquele grupo de 15 grafiteiros jamais imaginaria que um amontoado de palavras soltas, espalhadas pelo papel, sem formar uma frase, também poderia ser chamado de poesia. Viram, ali, algo parecido com as letras que desenham nos muros -e, assim, Lúcia Rosa apresentou-lhes o movimento concretista. “Eles estão aprendendo que existem diversas formas de fazer poesia.”

________________

Balada Literária

________________

O resultado dessa mistura será apresentado numa biblioteca no próximo sábado, durante a Balada Literária -esse evento se espalha pelos mais diferentes pontos da Vila Madalena, dos botecos, passando por centros culturais, até livrarias. É uma extensão geográfica do que já ocorre quase todas as madrugadas na Mercearia São Pedro.

Os grafiteiros vão exibir na biblioteca Alceu Amoroso Lima, especializada em poesia, livros artesanais com a mescla de objetos, palavras, cores e desenhos, numa experiência que Lúcia Rosa chama de poesia visual. “Um dos garotos disse que pensava que poesia era aquilo meloso que se escreve para a namorada.”

Leia o restante desta coluna no jornal Folha de S. Paulo, publicado no caderno Cotidiano, em 18 de novembro de 2009.