Luiza Brunet lembra denúncia contra ex-marido: “era meu dever”
Em entrevista à jornalista Leda Nagle, Luiza Brunet também criticou a falta de união entre as mulheres; confira trechos da conversa
A violência contra a mulher no Brasil é contabilizada em números alarmantes: a cada hora, 503 sofrem algum tipo de agressão física. Há dois anos, a modelo e atriz Luiza Brunet foi uma delas.
E em entrevista para a jornalista Leda Nagle, no YouTube, ela lembrou o difícil período em que denunciou as agressões sofridas pelo ex, o empresário Lírio Parissoto. “Quando fui agredida, é complicado fazer uma denúncia de uma pessoa que você gosta, homem que você viveu durante quase cinco anos. Mas não queria fazer parte da estatística. Era um assunto que eu estava a par, história que já ouvi, mas não sentia com o coração, não aconteceu comigo. Minha mãe era agredida quando era casada com meu pai quando jovem, mas naquela época não se falava sobre violência doméstica. Era quase que a mulher fosse propriedade do homem. Eu não queria fazer parte da estatística. Colocar isso pra fora era meu dever como cidadã, como mulher”.
Além dos traumas causados pela violência física, Brunet precisou enfrentar o constrangimento virtual sofrido nas redes sociais – cuja única solução foi recorrer à Justiça. “Poucas mulheres foram bastante agressivas e agrediram a minha moral e a dos meus filhos. Com essas, eu tenho um advogado, fiz um boletim de ocorrência e estou movendo um processo contra elas”.
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Na conversa, a modelo também refletiu a falta de empatia entre as mulheres – sobretudo em um momento em que a união entre elas seria fundamental. “Se todas as mulheres se unissem e fizessem uma campanha, chancelando essas mulheres para que elas se sentirem seguras seria mais fácil a gente coibir esse tipo de violências. Mas tem quem tire sarro, que quer tirar proveito, não existe essa harmonia entre as mulheres como existe entre os homens”.
Confira a entrevista abaixo: