Lula é condenado pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato

Lula ainda tem direito a recurso e só vai ser preso se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmar a condenação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e seis meses de prisão nesta quarta-feira, 12, pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. A ação penal envolve o caso da compra e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, que resultou na condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lula é condenado, mas pode recorrer

Moro escreveu na sentença que “é de todo lamentável que um ex-presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei”. O pedido da força-tarefa é de que o ex-presidente cumpra a pena em regime fechado, mas Lula ainda tem direito a recurso e só será preso caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirme a condenação.

A denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) é de que a construtora OAS destinou o triplex à família do ex-presidente. Mas antes que a empreiteira assumisse a obra, o prédio foi comercializado pela cooperativa de crédito do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bancoop, que faliu. O imóvel teria rendido R$ 2,76 milhões a Lula.

Com base nas visitas que Lula e Marisa Letícia fizeram ao apartamento entre 2013 e 2014, a denúncia ganhou sustentação, assim como a informação de que obras foram realizadas no imóvel. Além do triplex, o petista também teria se beneficiado pela construtora no armazenamento de seu acervo presidencial entre 2011 e 2016. Segundo o MPF, a corrupção que envolve a OAS chegou a R$ 86 milhões.

Já a defesa do petista reconheceu que Marisa tinha uma cota para adquirir um apartamento no condomínio Solaris, onde fica o triplex, mas desistiu da compra quando a cooperativa faliu e a OAS assumiu o empreendimento. A defesa também alegou que as visitas ao apartamento foram apenas para conhecer o imóvel e planejar a compra, que não se concretizou.

As informações são do “G1“.

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