Mãe chora ao raspar cabelo do filho com leucemia e vídeo viraliza
Camila Abreu, a mãe do garoto, publicou o momento em suas redes sociais e a hashtag #ForçaChico enviou muito apoio aos dois
Viralizou nesta terça-feira, 29, nas redes sociais, um vídeo de uma mãe raspando o cabelo do filho que sofre de leucemia. Camila Abreu decide raspar a cabeça do filho após o aumento na queda de cabelo provocada pela quimioterapia.
Chico foi diagnosticado com a doença em abril deste ano e iniciou o tratamento no mês passado.
A quimioterapia, muito frequentemente, leva à queda de cabelo e foi isso que aconteceu com Chico, o que motivou sua mãe a deixá-lo carequinha e publicar o vídeo em suas redes sociais.
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Camila se emociona muito enquanto corta o cabelo do filho. Enquanto isso, Chico se mostra muito firme e tranquilo. Ele ainda tenta animar a mãe.
No Instagram, Camila também postou o vídeo e escreveu: “Chegou aquele momento que eu morria de medo, ficava super aflita. Francisco está há 2 meses fazendo tratamento para leucemia no @hospitaldeamor .No começo os médicos até acharam que não ia cair cabelo, mas as últimas químios foi bem forte e então começou a cair sem parar. Chico é força, Chico é fé! Por mais zangado que ele fica as vezes tendo que ir todos os dias ao hospital, ele sempre leva tudo na leveza e na brincadeira. te amo meu amor mais lindo desse mundo, já está dando tudo certo!”.
A publicação no Twitter viralizou, a hashtag #forçachico ficou entre os assuntos mais comentados desta terça-feira, na rede social. Muito apoio, comoção e encorajamento para o filho de Camila foi postado. Veja a repercussão:
https://twitter.com/mrclltnn/status/1409875509945716756?s=20
https://twitter.com/_gpessoa/status/1409872836190158857?s=20
https://twitter.com/DouglasFrancoza/status/1409734319485210627?s=20
https://twitter.com/eusoudaniela__/status/1409832358702891009?s=20
Leucemia Infantil
O câncer em crianças e adolescentes é raro, totalizando 3% do total de casos novos esperados para este ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso significa 12.500 novos casos em crianças e adolescentes até os 19 anos. Os tipos de câncer que aparecem em crianças e adolescentes são diferentes dos que ocorrem em adultos e costumam responder bem à quimioterapia. Como a quimioterapia, porém, tem efeitos de longo prazo, crianças que passam pelo tratamento precisam ter acompanhamento pelo resto da vida.
Leucemia é o câncer que tem origem na medula óssea, onde são produzidas as células do sangue. Da medula, células leucêmicas atingem o sangue e, a partir dele, infiltram os gânglios linfáticos, o baço, o fígado, o sistema nervoso central, os testículos e outros órgãos. Outras neoplasias malignas da infância, como neuroblastomas, linfomas e sarcomas, têm origem em outros órgãos e podem ter metástases para a medula, mas não são leucemias.
A medula óssea é o tecido que fica no interior dos ossos (o tutano) e onde todas as células do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas) são produzidas.
Nas crianças, a medula ativa é encontrada em praticamente todos os ossos, enquanto nos adolescentes ela é encontrada principalmente nos ossos planos ou chatos (crânio, omoplatas, costelas, esterno e pelve) e nas vértebras.
A medula é composta de células-tronco do sangue, também chamadas de células hematopoiéticas, células gordurosas e tecidos que ajudam no crescimento e amadurecimento das células sanguíneas.
Quando as células-tronco do sangue se dividem, elas dão origem a uma nova célula-tronco e a uma célula primitiva que vai dar origem a células maduras como os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.
Quando uma criança desenvolve leucemia, essas células se tornam anormais, não realizam suas funções e se multiplicam rapidamente, tomando o lugar das células saudáveis na medula e no sangue.
Há dois tipos principais de leucemias, dependendo do tipo de célula-tronco em que têm origem.
As células-tronco linfoides normais produzem diferentes tipos de glóbulos brancos para combater infecções. Na leucemia linfocítica (ou linfoide), elas não apenas proliferam demais, como também não conseguem lutar contra infecções. Já as células-tronco mieloides produzem diferentes células do sangue, tanto glóbulos vermelhos como brancos.
Na leucemia mieloide, um glóbulo branco imaturo, chamado mieloblasto, torna-se canceroso e passa a se multiplicar rapidamente, tomando o lugar das células saudáveis. As formas agudas representam praticamente 95% de todos os tipos de leucemia na infância (75% são leucemia linfoide aguda e 20% leucemia mieloide aguda).
As formas crônicas representam apenas 5% de todos os casos de leucemia na infância e são todas do tipo leucemia mieloide crônica.
Com informações do Hospital A. C. Camargo.