Mãe de gêmeos perde um deles e transforma a sua dor em inspiração
Bia Rosito deu à luz irmãos gêmeos, mas com apenas três semanas de vida, Tom (irmão de Daniel) teve uma doença que ela nunca havia ouvido falar: a enterocolite necrosante. Pouco mais de 10 meses depois, ele acabou falecendo.
“Passou por 9 cirurgias e muitas intervenções médicas. Se alimentava somente pela veia – não podia ingerir alimentos, pois não tinha intestino suficiente para absorver os nutrientes. Tom nunca saiu do hospital”, disse Bia.
A sua dor a motivou a falar mais sobre o assunto, querer aprender sobre a doença (até então desconhecida) e, principalmente, ajudar outras mães, pais e familiares que passam por este tipo de situação.
Em um post público no Facebook, Bia resolveu falar sobre a morte do seu filho:
Bia também fez um blog para narrar toda a sua experiência com o Tom no hospital. Os relatos são humanizados e escritos numa linguagem simples, que nos fazem ter um pouco mais de compreensão sobre o assunto.
Na foto abaixo, que ela nos autorizou a divulgação, Tom se tornou uma grande inspiração para que o assunto seja mais divulgado, tanto como forma de prevenção, como também para a quebra de pré conceitos. “Como é tabu falar de morte. E da morte de uma criança então?”, escreveu ela.
Já a sua irmã, Simone Rosito, potencializou toda a sua força para construir o Instituto Pequenos Grandes Guerreiros, uma ONG que presta assistênci
O instituto também incentiva pesquisas para a prevenção, tratamento, diagnóstico, além de tentar viabilizar o sucesso de transplantes multi-viscerais no Brasil. Isso, até então, só é viável no exterior e com custos altíssimos.
O QUE É ENTEROCOLITE NECROSANTE?
“A enterocolite necrosante é a emergência gastrointestinal mais frequente e perigosa do período neonatal. É uma doença pela qual a superfície interna do intestino sofre lesões e se inflama. No caso de ser grave, uma porção do intestino pode morrer (necrosar), ocasionando perfuração intestinal e inflamação do peritônio (camada que reveste a cavidade abdominal)”.
Aqui neste site você pode encontrar mais informações sobre esta e outras doenças que podem sensibilizar recém nascidos.
Por Felippe Canale
Jornalista parceiro da Catraca Livre