Mãe de preso em manifestação contra aumento pede ajuda ao Catraca Livre
Maria da Fátima, mãe de Bruno Lourenço, 19, autônomo, procurou a redação do Catraca Livre para relatar a injustiça da prisão do seu filho. “Ele não é bandido e está sendo acusado de formação de quadrilha. Ele é trabalhador”, comentou Fátima.
Ela também reclama do fato de não poder ver o filho. “Ele estava com as roupas molhadas e o celular quebrado. Só consegui falar com ele por dois ou três minutos com a presença do carcereiro”, disse a mãe de Bruno.
“A prisão dele é uma injustiça. Ele só estava reivindicando um direito. Algo que é bom para todos, não somente para ele”, concluí Fátima. Ela também está preocupada com o fato do filho ser vegano e não conseguir alimentar-se de maneira adequada.
Um amigo de Bruno, que identificou-se como J.P, relatou que o crime de formação de quadrilha é injusto. “Ele já estava indo para casa e pegaram ele. Não faz sentido o crime de formação de quadrilha se você nem sabe o nome das outras pessoas. Eram nove pessoas que estavam no lugar e na hora errada”, comenta J.P.
Para J.P., a polícia só quer prender pessoas aleatórias para mandar o recado para o restante da população. “Ele não fez mal para ninguém e não merece estar lá dentro”, concluí J.P.
Presos políticos são encaminhados para cadeia
A polícia enviou dois manifestantes, William Borges Eusébio e Júlio Henrique Cardeal Camargo, para a Segurança Máxima do Centro de Detenção Provisória, no bairro Belém, na zona leste de São Paulo. E Stefani Fenceslau foi trasnferida para o CDP Franco da Rocha.
Próximo ato
O Quarto Ato Contra o Aumento da passagem acontece na quinta-feira, 13, às 17h, no Theatro Municipal. Mais informações aqui.