Mãe mata e esquarteja filho de 9 anos tem prisão preventiva decretada
Segundo a polícia, o garoto assassinado teve o seu pênis cortado há cerca de um ano pela própria mãe
Mãe mata e esquarteja filho de 9 anos com ajuda da namorada, na noite desta sexta-feira, 31, em Samambaia, região administrativa do Distrito Federal. A Justiça determinou a prisão preventiva – por tempo indeterminado – das duas mulheres, nesta segunda-feira, 3.
A mãe da criança, Rosana Auri da Silva Cândido, 27, e sua companheira Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, 28, confessaram ter cometido o crime.
O corpo de uma criança de 9 anos foi encontrado esquartejado dentro de uma mala deixada na quadra QR 425 de Samambaia. Partes da vítima foram localizadas por moradores da região, na madrugada de sábado.
Em depoimento à polícia, as mulheres afirmaram que Rhuan Maicon foi morto com uma facada no coração enquanto dormia. Depois de terem cometido o crime, elas esquartejaram o corpoe tentaram queimá-lo em uma churrasqueira. Segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”.
Como a tentativa que carbonizar o corpo não foi bem sucedida, elas colocaram o corpo da criança em uma mala e jogaram dentro de um bueiro no próprio bairro em que vivem.
Os membros foram colocados em duas mochilas, mas ainda estavam na casa da família e seriam descartadas posteriormente.
“Foi um crime terrível. O corpo da criança estava irreconhecível”, afirma Guilherme Melo, delegado responsável pelas investigações.
Além de Rhuan Maicon, o casal criava ainda uma menina de nove anos, esta filha de Kacyla Pryscila. Ela foi encaminhada para o Conselho Tutelar após a prisão da mãe e da companheira dela.
Cárcere e tortura
A Polícia Civil suspeita que as duas crianças vivessem na casa em cárcere privado. Isso porque ambas não frequentavam a escola e raramente eram vistas pelos vizinhos do casal.
Segundo a polícia, o garoto assassinado teve o seu pênis cortado há cerca de um ano pela própria mãe.
No depoimento, a mãe disse que matou o filho porque ele seria um empecilho para o seu relacionamento. O empecilho, segundo elam era porque a criança remetia ao seu vínculo com o ex, o pai da criança.
Buscas pelas famílias paternas
O avô da criança, Francisco Chagas, 63, afirmou que há cinco anos buscava pistas do paradeiro do neto.
Rosana namorou com o filho de Chagas por dois anos, segundo ele, e, após engravidar, passou a viver na casa da família do companheiro em Rio Branco, no Acre, de onde são naturais.
O casal se separou, mas Rosana permaneceu morando na casa do sogro junto com a criança. Em 2014, ela fugiu junto com o filho e não deu mais notícias.
Neste período, a família denunciou Rosana à polícia e espalhou fotos da criança em redes sociais em busca de informações sobre ela. Mas não obteve o paradeiro do menor.
“Pelo amor de Deus, é uma dor sem fim. Que ninguém queira passar por uma situação dessas. Esse menino foi criado desde criança comigo”, disse o avô do menino morto.
Segundo o pai da menina, que sobreviveu, o servidor público Rodrigo Oliveira, a filha foi sequestrada pela mãe – Kacyla Pryscila Pessoa, em dezembro de 2014, segundo o G1.
O pai da menina diz que a última vez que viu fotografias da criança foi em 2017, em uma rede social. Mas a família fazia buscas constantes na internet com a ajuda do avô do menino assassinado.
“Foram cinco anos angustiantes. Foram anos de uma caça pelo paradeiro dela, que só teve fim com essa tragédia, infelizmente.”
A Justiça determinou a prisão preventiva – por tempo indeterminado – das duas mulheres.