Mãe mobiliza 40 mil pessoas em petição por transplantes no Brasil
Por Change.org
Faz dois anos que o paulistano Luã Rodriguez, de 27 anos, descobriu uma doença cardíaca grave e degenerativa, que só pode ser resolvida com um transplante. Ele já foi internado três vezes só neste ano e perdeu boa parte da função do coração desde que foi diagnosticado.
Luã está na fila do Instituto Dante Pazzanese para receber um novo coração, mas ainda não há previsão de quando ocorrerá a cirurgia. A operação precisa acontecer dentro de no máximo um ano, afirma Yara Rodriguez, mãe do rapaz e criadora de um abaixo-assinado pela liberação da cirurgia de seu filho.
Ela entende o sofrimento que famílias passam todos os dias por conta da falta de órgãos para transplantes, por isso também pede na petição que o Ministério da Saúde incentive a doação de órgãos e adote políticas e campanhas que diminuam a fila dos transplantes.
“Como o número de transplantes anuais é baixíssimo, fica claro que o Luã e muitos outros certamente irão viver internados, com um coração artificial, até que chegue um doador”, conta Yara, que é professora em São Paulo. Ao pesquisar sobre doação de órgãos no Brasil, ela ficou decepcionada com os números baixos que encontrou. “Enquanto isso, milhares de vida são interrompidas”, diz.
Yara quer salvar a vida de Luã, mas também de todas as pessoas que precisam de um transplante de coração. “Tive medo que meu filho pudesse ser só mais um número para estatística”, desabafa. Ela explica que a fila por um transplante de coração é dividida por estágios, segundo a gravidade de cada caso. “Todos os candidatos têm suas fases: se tiveram de 1 a 3 internações no ano, ainda conseguem aguardar em casa; mas acima de 4 internações, já entram em estado de alerta para internação na UTI”, conta a professora.
Luã já foi internado 3 vezes. “Ele já não consegue trabalhar nem fazer qualquer atividade básica, até para amarrar um tênis precisa de ajuda”, diz Yara.
Com o abaixo-assinado (que já tem cerca de 40 mil assinaturas), Yara pretende conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos. “Acho que é um trabalho de formiguinha, mas eu precisava dar este arranque! Já têm muitas pessoas assinando a petição, deixando comentários e sendo solícitas à causa”, conta.
A professora espera que o governo federal crie e divulgue uma campanha sobre o assunto, informando mais famílias para que possam optar pela doação. “Eu quero salvar meu filho, mas a petição não se trata apenas de um coração para Luã e sim também de todas as pessoas que se encontram nessa situação”, complementa.
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