Mãe se passa por filha de 10 anos e denuncia homem por pedofilia

A polícia ainda não conseguiu identificar o acusado

Suspeito de pedofilia ainda não foi identificado pelas autoridades
Créditos: Reprodução/Instagram
Suspeito de pedofilia ainda não foi identificado pelas autoridades

A micropigmentadora Tatiane Soriano, de 32 anos, registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Suzano, em São Paulo, contra um homem ainda não identificado, acusado de pedofilia. O suspeito enviou mensagens de caráter sexual para a filha de Soriano, uma criança de 10 anos.

Nas conversas, Tatiane se passou pela filha e disse ter 12 anos. Mesmo assim, o acusado, que alegou possuir 18 anos, continuou interagindo com a vítima, chegando a pedir fotos da mesma.

Ao jornal O Globo, a micropigmentadora declarou que espera que “isso sirva de exemplo para outras mães, que elas tenham a coragem de denunciar. As crianças têm que ter quem olhe por elas. Minha filha está assustada com o que aconteceu, mas está bem”.

Tatiane expôs o caso nas redes sociais e passou a receber mensagens de outros pais.

“Tenho um relacionamento de cumplicidade com minha filha. Ela usava um aplicativo voltado para crianças, viu um homem comentando nas publicações dela e me avisou. Ele tinha 270 mil seguidores, sendo a maior parte criança nas faixas de 9 a 12 anos”, contou ela, que também é mãe de uma outra criança de 4 anos.

Suspeito de pedofilia ainda não foi identificado pelas autoridades
Créditos: Reprodução/Instagram
Suspeito de pedofilia ainda não foi identificado pelas autoridades

Ainda segundo o jornal, a delegada Silmara Marcelino, que investiga o caso, informou que será instaurado um inquérito na Delegacia da Mulher de Suzano, mas se ficar comprovado que o suspeito aborda outras crianças ou se há uma rede de pedofilia por trás de tudo, a investigação poderá ser encaminhada para a Polícia Federal.

“O suspeito pode responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, pois enviar mensagens de cunho pornográfico e pedir fotos de criança da forma como ele fez nos prints é crime previsto no ECA”, afirmou a delegada.

DENUNCIE – DISQUE 100

Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:
Conselhos Tutelares – Os Conselhos Tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.
Varas da Infância e da Juventude – Em município onde não há Conselhos Tutleares, as Varas da Infância e da Juventude podem receber as denúncias. 
Outros órgãos que também estão preparados para ajudar são as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e as Delegacias da Mulher. (Fonte: Unicef)