Mãe de autor de tentativa de estupro em sex shop: ‘Mataram ele’
“Ele era usuário havia seis anos, mas era pessoa tranquila, nunca havia agredido ninguém, nem a família”, disse a irmã
A morte de Jefferson Ribeiro Dias, de 34 anos, imobilizado por civis após tentar estuprar a dona de um sex shop na tarde de última quinta-feira, 10, no Distrito Federal, foi presenciada pela mãe dele. A mulher, que tem 62 anos, contou ter implorado para que o filho parasse de apanhar. “Vocês estão matando ele”, disse. O acusado pelo crime foi imobilizado por pessoas que ouviram gritos de desespero da vítima. Homens entraram no local e contiveram Jefferson.
Jefferson era vigilante, mas não exercia a função há um tempo em decorrência da dependência em cocaína. Ele teria sofrido parada cardiopulmonar e morrido pouco depois de ser supostamente espancado. De acordo com a irmã do suspeito, ela e a mãe também foram agredidas na tentativa de intervir o linchamento.
“Ele era usuário havia seis anos, mas era pessoa tranquila, nunca havia agredido ninguém, nem a família”, revela a irmã Amanda Ribeiro Dias Silva, 26. A jovem disse sempre que Jefferson fazia uso da droga, apresentava síndrome do pânico. “Tanto que ele não reagiu”, falou.
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Jefferson ainda morava com os pais e com as irmãs. Na quinta-feira, 10, ele seria atendido no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). “Ele saiu de casa cedo para ir numa consulta. Deram 13h e ficamos preocupados, pois meu irmão não tinha chegado ainda. Foi então que uma moça me ligou desesperada falando que o Jefferson estava sendo espancado pela população”, explica a familiar.
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“Não respeitaram o momento da nossa dor. Ele já estava desacordado, e um rapaz ficou com o joelho em cima do pescoço dele. Mandou sairmos e falou que ele estava muito bem”, lamenta Amanda.
Com informações do Metrópoles.