Maioria defende a educação sexual e política nas escolas

Ainda que alvo de grupos conservadores, 71% dos brasileiros concordam com a presença de assuntos políticos e 54% com a educação sexual nas escolas

Pesquisa indica que maior parte dos brasileiros concordam que temas como educação sexual e política devem ser tratados nas escolas. A amostra foi realizada pelo Datafolha com 2,077 pessoas em 130 municípios entre os dias 18 e 19 de dezembro.

Ainda que os assuntos tenham sido alvos de ataques de grupos conservadores nos últimos tempos, para 71% da população, a política deve  sim ser abordada em sala de aula. Desse total,  54%  dizem apoiar totalmente a iniciativa. O índice de aprovação cresce conforme o nível de escolaridade dos entrevistados. Os mais positivos são aqueles com ensino superior.

Maior parte dos brasileiros são a favor do ensino político e sexual dentro de sala de aula.
Créditos: Istock
Maior parte dos brasileiros são a favor do ensino político e sexual dentro de sala de aula.

Em relação à educação sexual, 54% concordam com a inserção do tema pelos educadores. Neste caso, o índice de aprovação também cresce o conforme o nível de escolaridade dos entrevistados, mas, no geral, divide opiniões.

A pesquisa do Datafolha mostra um empate de 35% entre aqueles que concordam e discordam totalmente com a presença da educação sexual no ambiente escolar. Os evangélicos e eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) formam a maior oposição entre os ouvidos.

Escola sem Partido

Grupos conservadores têm defendido a proibição da política nas instituições de ensino. O projeto Escola sem Partido, por exemplo, diz que o professor não pode promover preferências ideológicas, religiosas, morais e partidárias durante as aulas. O do presidente Jair Bolsonaro (PSL) também compartilha essa opinião e endossa a existência de uma suposta doutrinação de esquerda, que estaria influenciando o modo de pensar dos estudantes.