Celebridades fazem campanha pelo cinto de segurança
A tragédia do cantor Cristiano Araújo e sua nova, Allana Moraes, poderia ter sido evita se eles estivessem usando cinto de segurança, afirmam vários especialistas.
O cinto de segurança no banco traseiro pode reduzir o risco de morte em caso de acidentes em até 75%, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e divulgada ao Terra pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Esse dado está por trás de uma campanha de marketing social: celebridades resolveram aparecer com o cinto de segurança no banco trazeiro.
O cinto de segurança ajuda a evitar que os passageiros sejam jogados para fora do veículo ou ainda batam a cabeça contra partes duras, o que reduz a gravidade dos acidentes.
Allana foi arremessada para fora do veículo. Daí a suspeita da não utilização do cinto.
O fato: cinto é pouco utilizado pelos passageiros que vão no banco atrás do motorista. De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início deste mês, quase 50% das pessoas não utilizam o cinto de segurança quando viajam no banco traseiro.
O grupo mais jovem da pesquisa, de 18 a 29 anos, é o que menos usa cinto no banco de trás, com 40,3%. O percentual sobe para 49,8% na faixa etária de 30 a 39 anos. Entre 40 e 59 anos, chega a 54,3%, e atinge 57,8% entre os maiores de 60 anos.
De acordo com a Abramet, o cinto na parte traseira do veículo reduz o risco de morte tanto de quem viaja no banco traseiro como de quem está na frente, pois, em uma colisão, impede que o corpo dos passageiros seja projetado para frente, atingindo o motorista e o carona.
Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dint) apontam que um acidente de carro a uma velocidade de 60 km/h equivale a cair de um prédio de quatro andares – uma altura de aproximadamente 14 metros. Mesmo com o veículo em uma velocidade de 20 km/h o impacto sob um objeto fixo resulta numa força superior a 15 vezes ao peso da pessoa.