Maioria dos juízes e médicos opta pelo aborto em caso de gravidez indesejada
Uma coisa é ser contra o aborto e defender que mulheres que interrompem a gravidez sejam culpadas e punidas. Outra é enfrentar essa situação dentro de casa e ter que tomar uma decisão difícil como essa.
É o que mostra uma pesquisa da Unicamp divulgada na coluna de Cláudia Collucci, da Folha de S. Paulo, realizada em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Dos 1148 juízes entrevistados, 20% já tiveram parceiras que engravidaram “sem querer”. Interromper a gravidez foi a opção de 79,2% deles. Entre as 345 juízas que participaram da pesquisa, 15% engravidaram por acidente e 74% optaram pelo aborto.
Entre médico os resultados foram parecidos: um estudo da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostrou que 79,9% das parceiras de médicos abortaram em caso de gravidez indesejada. Entre as médicas, 77,6% fizeram a mesma opção.