Manifestantes realizam “face-sitting” em frente ao Parlamento inglês em protesto contra lei que regula pornografia

Os parlamentares podem decidir quais são as preferências sexuais das pessoas?

12/12/2014 14:53 / Atualizado em 04/05/2020 16:41

Segundo manifestantes, parlamentares não devem decidir sobre gostos pessoais e fetiches das pessoas, especialmente das mulheres
Segundo manifestantes, parlamentares não devem decidir sobre gostos pessoais e fetiches das pessoas, especialmente das mulheres

Hoje, 12 de dezembro, diversos manifestantes realizaram um “facesitting coletivo” em frente ao Parlamento britânico em protesto à nova lei que regula a pornografia online no Reino Unido.

Com a nova lei, filmes produzidos no Reino Unido para a a internet não poderem conter os seguintes conteúdos: Palmada; Caning (Surra de Vara); Chicotadas Agressivas; Penetração com objetos “associados à violência”; Abuso físico ou verbal (mesmo consensual); Urolagnia (golden shower, banho dourado); Ejaculação Feminina; Estrangulamento; Facesitting (quando a mulher senta no rosto do parceiro ou parceira); Fisting (Introdução da mão ou braço na vagina ou anus).

Os parlamentares defendem que algumas práticas são “prejudiciais” e podem colocar as pessoas em risco, inclusive de morte.

Pela liberdade individual

Segundo informações do The Guardian, os manifestante alegam que a nova lei fere as liberdades e escolhas individuais que as pessoas continuarão assistindo esse tipo de arquivo em sites de outros países (a lei não proíbe quais vídeos o público pode assistir).

Um dos manifestantes também denunciou o caráter sexista da lei, pois alguns pontos censurados são voltados à diversão de mulheres.

Eles também argumentam que a decisão foi tomada sem consulta popular.

Mais argumentos

Os manifestantes contrários à nova emenda também entendem que a censura na pornografia pode ser um primeiro passo para a perca da liberdade em outros pontos da sociedade, como a imprensa.

Outros gêneros de pornografia, considerados heteronormativos e misóginos pelos manifestantes não sofreram nenhum tipo de censura.

Sobre a lei

A emenda à lei 2.003 dos  Serviços das Comunicações Audivisuais determina que os vídeos online tenham as mesmas diretrizes dos vídeos vendidos em sex shops determinado pelo Conselho Britânico de censura a Filmes (BBFC).

Com informações do The Guardian e Lado Bi.