Manifestantes realizam “face-sitting” em frente ao Parlamento inglês em protesto contra lei que regula pornografia

Os parlamentares podem decidir quais são as preferências sexuais das pessoas?

Segundo manifestantes, parlamentares não devem decidir sobre gostos pessoais e fetiches das pessoas, especialmente das mulheres

Hoje, 12 de dezembro, diversos manifestantes realizaram um “facesitting coletivo” em frente ao Parlamento britânico em protesto à nova lei que regula a pornografia online no Reino Unido.

Com a nova lei, filmes produzidos no Reino Unido para a a internet não poderem conter os seguintes conteúdos: Palmada; Caning (Surra de Vara); Chicotadas Agressivas; Penetração com objetos “associados à violência”; Abuso físico ou verbal (mesmo consensual); Urolagnia (golden shower, banho dourado); Ejaculação Feminina; Estrangulamento; Facesitting (quando a mulher senta no rosto do parceiro ou parceira); Fisting (Introdução da mão ou braço na vagina ou anus).

Os parlamentares defendem que algumas práticas são “prejudiciais” e podem colocar as pessoas em risco, inclusive de morte.

Pela liberdade individual

Segundo informações do The Guardian, os manifestante alegam que a nova lei fere as liberdades e escolhas individuais que as pessoas continuarão assistindo esse tipo de arquivo em sites de outros países (a lei não proíbe quais vídeos o público pode assistir).

Um dos manifestantes também denunciou o caráter sexista da lei, pois alguns pontos censurados são voltados à diversão de mulheres.

Eles também argumentam que a decisão foi tomada sem consulta popular.

Mais argumentos

Os manifestantes contrários à nova emenda também entendem que a censura na pornografia pode ser um primeiro passo para a perca da liberdade em outros pontos da sociedade, como a imprensa.

Outros gêneros de pornografia, considerados heteronormativos e misóginos pelos manifestantes não sofreram nenhum tipo de censura.

Sobre a lei

A emenda à lei 2.003 dos  Serviços das Comunicações Audivisuais determina que os vídeos online tenham as mesmas diretrizes dos vídeos vendidos em sex shops determinado pelo Conselho Britânico de censura a Filmes (BBFC).

Com informações do The Guardian e Lado Bi.