Manuela D’Ávila e Boulos são dados como mortos e cobram explicações

“Tenho uma notícia para dar: estou vivinha da silva e na luta apesar das ameaças permanentes que fazem. Vamos ver o Brasil feliz novamente", disse Manuela

A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL) tiveram seus cadastros no Sistema Único de Saúde (SUS) alterados e foram dados como mortos, assim como aconteceu com a deputada e presidente do PT,Gle isi Hoffmann.

Manuela D’Ávila e Boulos são dados como mortos e cobram explicações
Créditos: Reprodução/Twitter @manueladavila
Manuela D’Ávila e Boulos são dados como mortos e cobram explicações

Manuela contou, em seu perfil no Twitter que seus dados não foram encontrados no dia em que foi se vacinar contra a covid-19, no dia 7 de julho, ao ser imunizada com dose única.

A ex-deputada ainda disse que os profissionais de saúde fizeram registro manual para oficializar a vacinação dela por conta da alteração no seu cadastro.

O cadastro adulterado de Manuela diz que ela, estaria morta desde outubro de 2018, quando concorreu a vice-presidência do país.

“No dia em que fui me vacinar contra covid-19, fiquei algumas horas na fila emocionada. Quando foram preencher meu cadastro não encontraram meus dados. Imaginei que podia ser algo relacionado à legislação sobre figuras politicamente expostas”, revelou Manuela.

“Fizeram registro manual e disseram que ia demorar mais tempo para constar no Conectasus. Depois me lembrei do ataque hacker em que haviam mudado meu nome e de meu pai. Pois bem, aí está: eles me mataram depois do 1o turno da eleição de 2018”, disse a ex-deputada.

“Tenho uma notícia para dar: estou vivinha da silva e na luta apesar das ameaças permanentes que fazem. Vamos ver o Brasil feliz novamente”, finalizou Manuela.

Na segunda-feira, Guilherme Boulos, também informou que teve seus dados alterados no SUS. Ele contou que foi vítima do mesmo tipo de ataque e que o nome dos seus pais foram alterados por ofensas.

Numa publicação, em suas redes sócias, o ex-candidato à prefeitura de São Paulo disse que o Ministério da Saúde confirmou que a alteração ilegal de seu cadastro no SUS com xingamentos foi feita por uma “pessoa credenciada” e cobrou que a pasta diga que medidas serão tomadas.

Assim como Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos, na semana passada a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, foi dada como morta e teve o cadastro no SUS cancelado. Ela disse que o motivo do erro teria sido um ataque hacker ao sistema em 2019. “Meu cadastro no SUS foi cancelado por motivo de óbito e consta no documento, como apelido, o nome do Bolsonaro. Segundo informações isso foi em 19, ataque em massa ao sistema. A fraude deve ter atingido muitas pessoas. O que o Ministério da Saúde fez para corrigir isso dois anos depois? O que vai fazer?”, questionou Gleisi em uma publicação no Twitter.

Por causa do erro, Gleisi pode enfrentar dificuldade para tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19, pois ela precis provar que está viva ao SUS. Ela recebeu a primeira dose no dia 26 de junho em Brasília.