Marcha refaz caminho da lama após um ano do desastre em Mariana
Entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, 400 pessoas percorrerão o rio Doce, desde a sua foz, em Regência (ES), até o local do desastre, em Mariana (MG)
Os atingidos pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, da Samarco (Vale/BHP Billiton), deram início nesta segunda-feira, dia 31, a uma marcha que vai refazer, em sentido contrário, o trajeto percorrido pela lama. O encontro lembra o primeiro ano do maior desastre socioambiental do Brasil, ocorrido em 5 de novembro de 2015.
Até o dia 2 de novembro, cerca de 400 pessoas percorrerão toda a extensão do rio Doce, desde a sua foz, em Regência, Espírito Santo, até o local da tragédia, em Mariana, Minas Gerais. Durante o percurso, estão previstos atos, assembleias, audiências públicas e aulas abertas à população. A marcha foi organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Hoje, 1º de novembro, aconteceu pela manhã uma Audiência Pública em Governador Valadares (MG). Já no período da tarde, a marcha vai fazer uma parada em Cachoeira Escura, distrito de Belo Oriente, onde terá uma caminhada pelas ruas da comunidade. À noite, ocorrerá uma Aula Pública em Ipatinga (MG), às 19h30, no Ginásio Sete de Outubro.
Nesta quarta-feira, dia 2, último dia da marcha, os atingidos vão realizar duas assembleias, uma em Rio Doce (MG), às 10h30, e outra em Barra Longa (MG), às 16h. No fim do dia, a caravana segue à Mariana (MG), onde haverá o encerramento do evento.
Depois da marcha, os moradores da região da bacia do Rio Doce farão um encontro em Mariana entre os dias 3 e 5 de novembro. No último dia, haverá uma caminhada em Bento Rodrigues, comunidade rural impactada pelos rejeitos da barragem.
Leia aqui a carta escrita pelos atingidos para a sociedade brasileira e internacional.