‘Maria Sapatão’ e ‘Cabeleira do Zezé’ são banidas de blocos no RJ
Reproduzidas há décadas, algumas marchinhas já não podem ser aceitas, pois reforçam uma cultura preconceituosa e machista no Brasil
- “Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é?
Será que ele é?”
- “Maria Sapatão
Sapatão, Sapatão
De dia é Maria
De noite é João”
O que as duas marchinhas acima têm em comum? Tradicionais no Carnaval de rua do país, as músicas viraram alvo de polêmica por serem consideradas politicamente incorretas e preconceituosas.
Além delas, canções como “Índio quer apito” e “O teu cabelo não nega” começaram a sair do repertório de alguns blocos, de acordo com a coluna “Gente Boa“, do jornal “O Globo”, na semana passada.
Alguns grupos da folia do Rio de Janeiro, como o “Mulheres Rodadas” e o “Cordão de Boitatá”, defendem que as letras sejam banidas dos desfiles. No entanto, ainda hoje muitos blocos discordam da proibição e afirmam que elas não foram escritas para desrespeitar as pessoas.
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Em São Paulo, Thiago França, músico do Metá Metá e criador do Bloco Charanga do França, afirmou ao jornal: “A gente não vai tocar ‘O teu cabelo não nega’. O verso ‘mas como a cor não pega, mulata’ é racismo demais pro meu gosto”.
Reproduzidas há décadas, essas marchinhas já não podem ser aceitas ou naturalizadas, pois reforçam uma cultura preconceituosa e machista no Brasil. Por mais que tenham sido criadas em outra época, é preciso analisar e problematizar as músicas no contexto atual, pois elas têm caráter pejorativo e ofensivo.
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