Marina Silva é alvo de bolsonaristas em BH: ‘vagabunda’
"É a velha tentativa grotesca de coagir a ação política das mulheres", desabafou a ex-senadora após registrar boletim de ocorrência
A ex-senadora Marina Silva (Rede) registrou um boletim de ocorrência na madrugada deste sábado, 22, após ter sido hostilizada por bolsonaristas em um hotel de Belo Horizonte (BH).
A deputada federal eleita por São Paulo relatou no B.O ter sido chamada de “vagabunda” e “traidora” durante jantar no restaurante do hotel Radisson Blu, no bairro da Savassi, região Centro-Sul da capital mineira.
Marina Silva estava jantado com dirigentes do PT, após participar de caminhada ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Juiz de Fora (MG), quando um grupo de cerca de 20 pessoas, que estavam em mesas próximas, começou a gritar “mito” e “Bolsonaro” e a xingar a ex-denadora de “traidora” e “vagabunda”.
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Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que apura “a prática de injúria contra Marina Silva”, que foi “vítima de insultos motivados por questões políticas”.
Pelas redes sociais, Marina Silva comentou sobre o episódio. “Fui xingada por simpatizantes de Bolsonaro. É a velha tentativa grotesca de coagir a ação política das mulheres. É a violência política de gênero se espalhando pelo país em tempos bolsonaristas”, diz trecho da postagem no Twitter.
Também nas redes sociais, o ex-presidente Lula afirmou que o ataque a Marina Silva “é uma escola exemplar do fascismo no mundo inteiro”. “A gente faz política há 50 anos, isso não existia no Brasil, nem em cidade pequena, média, grande. Hoje o que nós vemos é violência e mais violência verbal, e, às vezes, violência física. Isso é porque nós temos um governo fascista no Brasil”, escreveu no Twitter.
A senadora Simone Tebet (MDB), que também apoia Lula e esteve em ato com o petista em Juiz de Fora na noite de ontem, expressou nas redes solidariedade a Marina Silva.
“Toda minha solidariedade à @MarinaSilva pelas ofensas recebidas por bolsonaristas. Pouco antes, estávamos juntas em Minas Gerais, na caminhada com @LulaOficial. Violência política contra mulheres tem se tornado mais comum com este presidente que dá o mesmo péssimo exemplo”, escreveu.