Marina Silva no JN: modelo de entrevista não agrada público

A candidata da Rede diz que hoje não teria apoiado Aécio Neves nas eleições de 2014

30/08/2018 22:08

Marina Silva (Rede Sustentabilidade) foi a quarta candidata a passar pela série de entrevistas com os presidenciáveis no “Jornal Nacional”.  A transmissão foi feita na noite dessa quinta-feira, 30, mas parece não ter agradado o público, que ficou sem saber quais são as propostas concretas da candidata para os problemas do Brasil.

Pelo Twitter, os internautas se queixam do modelo do programa não estar priorizando apresentar as soluções para as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros, pois acaba gastando muito tempo discutindo corrupção e coligações partidárias.

Na entrevista de hoje, os temas presentes foram liderança partidária, reforma da previdência, corrupção e coligações.

Quando questionada como que podemos acreditar que ela vai conseguir liderar um país, se nem seu próprio partido ela consegue unificar, já que foi dividido por parte apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma e a outra parte ter postura contrária. “Se não conseguiu liderar no partido, como liderar o país?” questionou a jornalista Renata Vasconcellos. Marina foi categórica ao responder: “Liderar não é ter todo mundo debaixo do mesmo guarda-chuva”.

Um dos grandes ápices da entrevista foi William Bonner perguntando qual a idade mínima de aposentadoria que a candidata defende para a Reforma da Previdência. Ela explicou que é preciso debater o assunto, mas não determinou uma idade, fazendo com que o apresentador encerrasse o assunto argumentando que ela não havia explicado o que o eleitor precisava saber. “Expliquei, mas parece que você continua com dúvidas”, disse a líder da Rede.

Ao falar em corrupção, Marina declarou que se fosse hoje não teria apoiado Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições de 2014. Já para esse ano, ela afirma que sua equipe terá mecanismos para descobrir quem está envolvido em ilegalidades antes de fazer união. Atualmente, a Rede tem coligações com PT, PSDB e Centrão, partidos muito criticados pela candidata. “Existem pessoas boas em todos os partidos, não podemos fazer recortes partidários. (…) Se eu ganhar, vou governar com os bons de todos os partidos”, explica.

Marina Silva finaliza a entrevista lembrando que é mulher, negra, mãe, seringueira e que traz uma trajetória hoje admirada pelas pessoas por ser exceção, mas ela deseja fazer que essa exceção vire regra no Brasil.