Marun pode ter envolvimento com fraudes no Ministério do Trabalho

O ministro é um dos aliados mais próximos de Michel Temer

05/07/2018 17:13 / Atualizado em 05/05/2020 10:59

Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo
Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo - Valter Campanato/Agência Brasil

Carlos Marun (MDB-MS), ministro da Secretaria de Governo e um dos aliados mais próximos de Michel Temer, é suspeito de estar envolvido com a suposta organização criminosa que fraudava registros sindicais no Ministério do Trabalho, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, a PF pediu autorização para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Marun e sua chefe de gabinete, Vivianne de Melo. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou que não havia provas suficientes.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Registro Espúrio, concordou com o posicionamento da PGR, mas em seu despacho de sexta-feira, 29, destacou as suspeitas sobre Marun. A terceira fase da operação afastou do cargo o ministro do Trabalho, Helton Yomura.

A PF e a PGR apontaram que materiais apreendidos pela Operação Registro Espúrio, como mensagens de celular, mostram que Marun “se vale de sua força política para solicitar concessões de registros das entidades [sindicais] de seu interesse”.

No relatório, a apuração registrou que em 23 de maio deste ano Júlio de Souza Bernardo, conhecido como Júlio Canelinha e que foi preso nesta quinta, 5, enviou uma mensagem solicitando que um despacho publicado no Diário Oficial da União fosse revertido de maneira a atender a um pedido de Marun.

Veja a reportagem na íntegra.