Massacre de Suzano: atirador enganou o pai horas antes do ataque
Luiz Henrique de Castro falou para o pai que estava com febre e dor de garganta, e por isso voltaria para casa; mas não voltou
Na manhã desta quarta-feira, 13, horas antes do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), um dos atiradores, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, foi com o pai até a estação de trem antes das 6h da manhã.
Os dois trabalhavam juntos com serviços gerais, retirada de entulho e capinagem. Já na estação, Luiz disse ao pai que não estava se sentindo bem, tinha dor de garganta e febre e voltaria para casa.
Não voltou. Luiz foi encontrar o amigo G.T.M. de 17 anos, com quem cometeu os crimes.
- Livro traz a ancestralidade da culinária popular brasileira e alerta sobre os perigos da crise climática para a humanidade
- Leia trecho da autobiografia de Matthew Perry, o Chandler de Friends
- Homem que morreu de câncer deixa carta de despedida emocionante à família
- Atriz da Globo relata ter sofrido assédio verbal e sexual dentro de ônibus
Vizinho dos atiradores, Cesar Abidel, aposentado de 53 anos, contou como ficou sabendo da notícia. “A mãe do Luiz me chamou por volta das 9 horas, preocupada, porque o pai disse que o menino tinha voltado para casa e me pediu para ligar para o celular dele”.
Os vizinhos estavam acostumados a ver Luiz e o amigo juntos. Todos os dias, por volta das 17 horas, sentavam em frente a uma das casas e passavam horas conversando.
“Só sentavam aí na frente, conversavam e davam risada. Nunca poderíamos imaginar que eles fariam isso”, diz Cida Abidel, de 53 anos, que conhece os pais de Luiz há mais de 30 anos. Filho mais novo (tinha dois irmãos, de 40 e 42 anos), Luiz era muito protegido pelos pais. “Faziam de tudo por ele.”