Matadora de animais será julgada dia 4 em São Paulo
Por Fátima Chuecco
Um dos mais cabulosos casos de matança de animais aconteceu aqui mesmo no Brasil, em 2012 e pode ter um desfecho no dia 4 de maio, na sala 142 do Foro Central Criminal da Barra Funda (SP), às 16h30. A audiência, seguida de debate e julgamento, é pública e por isso todos que se indignaram com esse caso podem assistir. Dalva Lina da Silva será julgada por crimes contra a fauna com o agravante da morte dos animais, pois, houve um flagrante com 37 animais, entre cães e gatos, mortos e ensacados na frente de sua casa. Na época o caso foi noticiado amplamente na mídia e chocou todo o país.
Imaginem dezenas de cães e gatos saudáveis, castrados, vacinados e prontos para adoção sendo cruelmente mortos com injeção letal aplicada por uma leiga em medicina veterinária e que, por conta disso, sofreram muito para morrer. Agora imaginem o que sentiu uma cachorrinha que teve o peito perfurado 18 vezes, numa tentativa insana de, provavelmente, localizar seu coração para injetar a droga mortal.
Na casa onde Dalva residia havia duas outras casas menores no subsolo e numa delas vivia a filha mais velha, Alice Ballin Queiroz, de 22 anos que disse à polícia desconhecer o que a mãe fazia. Inclusive, por falta de indícios e testemunhas, Alice não foi processada nem mesmo por omissão de socorro a esses animais. Será que ela não desconfiava de tantos animais chegando vivos e “desaparecendo”? Será que ela jamais ouvia os choros, latidos, miados, pedidos de socorro?
Qual a motivação?
Estudos feitos pelo FBI apontam que uma esmagadora parcela de psicopatas (mais de 80%) começa sua trajetória torturando e matando animais, às vezes na adolescência ou até mesmo na infância. É uma espécie de “treino”. No entanto, alguns podem não chegar a transferir sua obsessão por matar para pessoas e passam a vida vitimando animais indefesos. Por conta disso e para garantir maior segurança de pessoas e de animais, a partir do próximo ano, quem maltratar e matar animais nos EUA terá um julgamento igual ao de qualquer outro criminoso.