MBL acusa PSDB de usar o mesmo truque proibido nas redes sociais
App fazia seguidores assinarem um "cheque em branco".
Para aumentar seu alcance nas redes sociais, o MBL usava um aplicativo chamado Voxter que lhe permitia usar as páginas de seus seguidores no Facebook – assim, ele podia livremente postar suas mensagens.
Na prática, é como se alguém assinasse um cheque em branco para usar sua página.
Em sua investigação sobre os esquemas digitais do MBL, agora a serviço do presidenciável Flávio Rocha, descobriu mensagens publicadas em massa em centenas de perfis. Diante dessa investigação do jornal, o Facebook desativou o aplicativo – o Facebook está realizando uma operação em escala mundial para tentar recuperar sua imagem, arranhada pelo uso inapropriado de dados.
- Tirar cidadania italiana vai ficar mais cara em 2025; entenda
- Atividade física pode acrescentar até 5 anos à sua vida
- Como aliviar os sintomas de depressão com estes aromas
- Valle del Elqui: o paraíso chileno ensolarado que une natureza, vinhos e astroturismo
“O aplicativo Voxer foi removido por ferir nossas políticas para desenvolvedores, que visam garantir a privacidade e proteger os dados das pessoas”, afirmou o Facebook ao GLOBO.
O MBL acusa o PSDB – mais precisamente Geraldo Alckimin – de usar o mesmo truque Segundo eles, ‘ outras organizações e personalidades políticas também fazem uso de aplicativos similares, como no caso do “Talkative”. A empresa promete “ampliar a voz na internet” e “criar boca-a-boca para melhorar resultados”.
Para cada usuário que aceita ceder seu perfil para fazer publicações automatizadas, a empresa cobra R$ 1,00. Dentre os usuários, estão apoiadores de Geraldo Alckmin. Em um mesmo dia, um deles fez mais de dez publicações com menção ao governador. Na identificação técnica, fica marcada que a publicação foi feita pelo aplicativo “Talkative”, afirma o “Boletim da Liberdade”.
Marcello Natale, um dos sócios da Let’s Rocket, que desenvolve o app Voxer, usou seu perfil no Facebook para celebrar a pré-candidatura de Kataguiri.
Afirma a reportagem do O Globo:
“A primeira publicação foi compartilhada pelos seguidores no dia seguinte ao envio da mensagem pelo MBL. Às 14h28m do dia 16, o MBL publicou um vídeo de 56 segundos sobre jovens assassinadas. O vídeo faz referência ao assassinato da vereadora Marielle Franco e foi publicado horas antes de o MBL compartilhar o link do site Ceticismo Político, que foi o mais influente na campanha difamatória contra a parlamentar. No fim do vídeo compartilhado pelo MBL nos perfis de seus seguidores, o grupo exibe a imagem do deputado estadual Marcelo Freixo, do mesmo partido de Marielle, e diz: “Mas para alguns políticos apenas algumas vidas valem a pena.”