Médica é morta por marido que ouvia vozes pedindo ‘sacrifício’  

Assassino foi preso em flagrante, confessou crime e foi indiciado por homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e ocultação de cadáver.

05/02/2019 20:05

Mulher  foi morta com golpes de chave de fenda pelo marido que alega ter ouvido vozes pedindo sacrifício
Mulher  foi morta com golpes de chave de fenda pelo marido que alega ter ouvido vozes pedindo sacrifício - iweta0077/ iStock

A médica cubana Laidys Sosa Ulloa Gonçalves, 37, foi morta com golpes de chave de fenda pelo marido, Dailton Gonçalves Ferreira, 45, que já está preso por feminicídio e ocultação de cadáver, como aponta matéria do G1 publicada na terça-feira, 5. O casal vivia em Mauá, região do Grande ABC Paulista, onde Laids chegou a atuar no Programa Mais Médicos.

Dailton teria matado a esposa após uma discussão na residência dos dois no domingo, 3, e – segundo a assessoria da Polícia Militar – enterrado o corpo dela numa mata perto da Estrada dos Fernandes, em Ribeirão Pires, no mesmo dia.

Familiares da médica acionaram as autoridades para avisar que Ferreira havia assassinado a mulher e fugido. A polícia conseguiu encontrar o criminoso por meio do Projeto Radar, que identifica placas de veículos por meio de câmeras de radares.

O assassino foi preso em flagrante e o carro que usou para fuga tinha manchas de sangue da vítima. Ele confessou o crime e indicou à polícia o local onde havia enterrado Laids. Dailton foi indiciado por homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e ocultação de cadáver.

Ao ser interrogado, Ferreira alegou que a médica, “estava alterada, ansiosa” e deu a ele um “remédio” para tomar, que não se recorda o nome, porque estava com “vermes”. Ele afirmou que desde então passou a ouvir vozes que pediam que ele levasse o corpo da esposa em “sacrifício” até um “castelo de pedras” na região do ABC Paulista.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) de Mauá, mas será investigado pelo 3º DP da cidade. Leia a matéria completa.

No começo de 2019,  levantamento feito pelo professor Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela USP, registrou mais de cem feminicídios no Brasil em 21 dias: