Médica é morta por marido que ouvia vozes pedindo ‘sacrifício’
Assassino foi preso em flagrante, confessou crime e foi indiciado por homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e ocultação de cadáver.
A médica cubana Laidys Sosa Ulloa Gonçalves, 37, foi morta com golpes de chave de fenda pelo marido, Dailton Gonçalves Ferreira, 45, que já está preso por feminicídio e ocultação de cadáver, como aponta matéria do G1 publicada na terça-feira, 5. O casal vivia em Mauá, região do Grande ABC Paulista, onde Laids chegou a atuar no Programa Mais Médicos.
Dailton teria matado a esposa após uma discussão na residência dos dois no domingo, 3, e – segundo a assessoria da Polícia Militar – enterrado o corpo dela numa mata perto da Estrada dos Fernandes, em Ribeirão Pires, no mesmo dia.
Familiares da médica acionaram as autoridades para avisar que Ferreira havia assassinado a mulher e fugido. A polícia conseguiu encontrar o criminoso por meio do Projeto Radar, que identifica placas de veículos por meio de câmeras de radares.
- Homem é achado morto após vencer bolão da Copa do Mundo
- Mulher é morta pelo namorado no hospital após ‘pedir um tempo’
- Mulher é morta pelo pai em velório do avô ao defender o marido
- PM ‘influenciadora digital’ é morta pelo marido na Bahia
O assassino foi preso em flagrante e o carro que usou para fuga tinha manchas de sangue da vítima. Ele confessou o crime e indicou à polícia o local onde havia enterrado Laids. Dailton foi indiciado por homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e ocultação de cadáver.
Ao ser interrogado, Ferreira alegou que a médica, “estava alterada, ansiosa” e deu a ele um “remédio” para tomar, que não se recorda o nome, porque estava com “vermes”. Ele afirmou que desde então passou a ouvir vozes que pediam que ele levasse o corpo da esposa em “sacrifício” até um “castelo de pedras” na região do ABC Paulista.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) de Mauá, mas será investigado pelo 3º DP da cidade. Leia a matéria completa.
No começo de 2019, levantamento feito pelo professor Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela USP, registrou mais de cem feminicídios no Brasil em 21 dias: