Médico de universidade assediou mais de 100 estudantes homens

Strauss assediava por meio de caricias durante exames e com perguntas explícitas sobre a vida sexual dos pacientes
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Strauss assediava por meio de caricias durante exames e com perguntas explícitas sobre a vida sexual dos pacientes

Na última sexta-feira, 17, foi divulgado o relatório pela Perkins Coie LLP que aponta abuso sexual em pelo menos 117 homens cometidos pelo médico Richard Strauss enquanto trabalhou na Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos.

Strauss atuou na instituição de 1978 até 1998. Durante as consultas, ele assediava por meio de caricias durante exames e com perguntas explícitas sobre a vida sexual dos pacientes.

A investigação foi financiada pela universidade que contou com uma equipe de investigadores independentes.  Mais de 100 homens relataram diretamente os abusos. Muitos pacientes não denunciaram por vergonha ou tiveram medo de não serem levados a sério.

A universidade tomou conhecimento em 1979, mas começou a investigar anos mais tarde em 1996, época em que o profissional foi afastado. Strauss não pode exercer a medicina dentro da instituição, mas continuou integrando o time de docentes e abriu uma clínica especializada no atendimento de homens fora da campus.

O médico continuou abusando dos pacientes que procuravam o consultório por indicação da própria universidade. Apenas em 1998 ele decidiu cortar relações com a instituição, mesmo assim o conselho decidiu homenageá-lo com o título de professor emérito, o que não aconteceu por veto do reitor. Strauss acabou se suicidando em 2005.